Por uma Imunidade contra o Banquete Diabólico: reflexões sobre roubo, religião e mineração nos Andes do Norte do Peru
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e79175Palavras-chave:
Intencionalidade, Conversão, Diabo, Mineração, Rondas camponesasResumo
Neste artigo, discuto como, em um contexto de luta por a?gua, os ronderos pentecostais do caseri?o El Tambo, regia?o de Cajamarca, mobilizaram uma frente de resiste?ncia contra as intenc?o?es de uma empresa de minerac?a?o que assumiu o direito de destruir as fontes de a?gua naturais ta?o importantes para os moradores locais. A proposta dessa empresa era criar reservato?rios como compensac?a?o. A guerra contra o mal (a minerac?a?o) estende, com diferenc?as, a noc?a?o de roubo que aparece nos relatos da organizac?a?o autogestiona?ria contra o abigeato (roubo de gado) a partir de 1970 e nas reflexo?es sobre as citac?o?es bi?blicas. O texto se fundamenta em uma pesquisa de campo em El Tambo, distrito de Bambamarca, provi?ncia de Hualgayoc, em Cajamarca, Norte andino peruano. Mostro que a conversa?o potencializa a percepc?a?o das pessoas para reconhecer aquele que rouba e evita o fim desta humanidade que se alimenta das batatas nutridas por Mamacocha (Ma?e Lagoa).
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