O drive canibalista funk: partes da pessoa, matéria do artista

Autores

  • Mylene Mizrahi Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2024.e95563

Palavras-chave:

Noção de pessoa, Fractalidade, Imagem, Apropriação, Artista pop periférico

Resumo

Dando sequência ao exercício de imaginação conceitual realizado com o artista funk, elaboro sobre o nexo entre Estética e Política. Proponho uma abordagem para subjetivações artísticas pop periféricas. Como “pessoa distribuída” e junto a uma teoria afro-indígena brasileira, vemos o artista funk deixar partes de si e se apropriar de partes de outras pessoas, fazendo delas matéria com as quais se redistribuirá. A distribuição de si, os fazeres conectivos e as diferenças – geográficas, sociais e de gosto – colocadas em relação são materializadas por meio da escrita etnográfica, da teoria e do material videográfico. As estratégias de autoapresentação e de autorrepresentação potencializam a capilaridade do artista, trazendo para jogo as qualidades fractais da imagem e as estéticas corporais. Por meio do hiper-realismo – sobretudo sonoro e visual – o artista visibiliza a si e a sua “realidade”. Ofereço uma teoria da conectividade junto ao modo de criação do artista funk e ao modo de criação teórica-etnográfica realizado no texto.

Biografia do Autor

Mylene Mizrahi, Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro

Doutora em Antropologia Cultural (UFRJ/UCL), Professora na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), coordenadora do Estetipop (laboratório de pesquisa antropológica em estética, política e cultura pop) e Jovem Cientista do Nosso Estado. É autora de A estética funk carioca: criação e conectividade em Mr. Catra (Prêmio IPP-Rio Maurício de Almeida Abreu, Secretaria Municipal de Urbanismo, RJ) e de Figurino funk: roupa, corpo e dança em um baile carioca, publicados pela editora 7Letras.

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Publicado

2024-08-01

Como Citar

MIZRAHI, Mylene. O drive canibalista funk: partes da pessoa, matéria do artista . Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 26, n. 2, p. 6–27, 2024. DOI: 10.5007/2175-8034.2024.e95563. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/95563. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos