A produção antropológica sobre a articulação saúde, religião e corpo: conquistas, ressalvas e perspectivas
Resumo
O presente trabalho visa a discutir as contribuições à reflexão antropológica dos trabalhos que inscrevem seu objeto na articulação “saúde, religião e corpo”. Considera que esses trabalhos levaram a interrogar a pertinência científica do recorte espontâneo, que postula a separação dos objetos da antropologia da saúde e da antropologia religiosa, conquista importante que deve ser, entretanto, nuançada pela constatação da adoção, sem distanciamento crítico até hoje, na leitura das sociedades estudadas por antropólogos, de dicotomias expressivas da separação que faz o conhecimento médico moderno entre o “médico” e o “religioso”. Termina apontando para um campo de estudos que desenha perspectivas fecundas para o futuro: o de pesquisas voltadas para a dimensão religiosa de universos e situações terapêuticos que se apresentam e são vividos dentro de nossas sociedades como indiscutivelmente médicos e não religiosos.Downloads
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