Bolsas de Valores como Espaços Etnográficos: três olhares
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2015v17n1p83Abstract
O ensaio analisa comparativamente três etnografias cujo ponto comum reside no espaço do trabalho de campo: bolsas de valores, hoje entidades centrais na operacionalização de mercados globais. Instituições financeiras de São Paulo, Chicago, Londres e Shanghai sediaram os referidos empreendimentos etnográficos. A reflexão tecida aqui abraça o pressuposto básico da etnografia como elemento constitutivo da construção do conhecimento antropológico, ou seja, não restrita a uma metodologia. Nesse sentido, o ensaio busca evidenciar como o conteúdo do citado trio de etnografias abre possibilidades de pensar acerca de temáticas, tanto clássicas quanto contemporâneas da disciplina, dentre elas, os rituais de dádiva, a economia global, a religião e as emoções. Em tal esforço, confere-se cuidado em evidenciar aspectos de gênero, já que as etnografias são assinadas por três antropólogas. Ademais, dedica-se atenção às relações Ocidente-Oriente e Norte-Sul, haja vista os trabalhos antropológicos em questão terem se dado em diferentes localidades mundiais.
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