Formas de alocação de recursos no Brasil: elementos analíticos inescusáveis, segundo Guerreiro Ramos
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2016v18n1p187Abstract
Nos anos de 1978, 1979 e 1981, o professor Alberto Guerreiro Ramos, que até então vivia exilado nos EUA, escreveu 24 artigos, publicados no Jornal do Brasil, do Rio, numa primeira iniciativa de reaproximação com a sociedade brasileira. A temática central dos artigos versou sobre as formas ou arranjos brasileiros de alocação de recursos, que se baseavam então exclusivamente no modelo de livre mercado (economia política)e, assim, ignoravam os elementos institucionais que marcaram as formas históricas de alocação vigentes em toda a história anterior à assim chamada revolução industrial. Nos artigos, Guerreiro Ramos resgatou elementos essenciais para a discussão sobre o tema da alocação, inclusive criticando a visão tacanha dos policy makers e governantes brasileiros atuantes, que acreditavam de forma pia e ingênua que o mercado era um modelo superior, exclusivo e único a orientar o governo em suas políticas de desenvolvimento do país. No presente texto,tangenciam-se os artigos de Ramos, para destacar os elementos analíticos que ele julgava ineludíveis e indispensáveis a um debate correto, profícuo e honesto sobre as formas alternativas de alocação de recursos e as relações de complementaridade entre elas numa sociedade como a brasileira, valendo-se sempre do mercado como sistema de referência.
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