Zika virus and the therapeutic itineraries: the impact of the post-epidemic

Authors

  • Rozeli Maria Porto

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2020v22n2p169

Abstract

The article analyzes the social impacts of the Brazilian Zika virus post-epidemic scenario in the lives of women who have given birth to babes with microcephaly, locally so-called "mães de micro" (mothers of micro), in the State of Rio Grande do Norte, Northeast of Brazil. It intents to think about the wear outlived by these women in the seek for therapies, stimulus, and care intended for their kids offered by the government. It describes the uncertainties and unknowing in the health professionals' practices related to the Zika virus outbreak and their relationships with the first generation of “mães de micro”. It also observes how violence towards fundamental rights reinforce socioeconomic inequality, and racial and gender differences in the health access processes, showing that the governmental sectors of social aid do not fulfill the necessities of women throughout their new body experience and care. The current institutional resources in health shown to be scarce, and could have more perceptiveness if it was shaped considering the knowledge and experiences of people who deal with the disability social drama. The article is based upon ethnographic observation in hospital and non-hospital spaces, along with in-depth interviews.

References

ASCH A. Diagnóstico Pré-natal e Aborto Seletivo: Um Desafio à Prática e às Políticas. Rev. Saúde Coletiva; 2003; 13(2):49-82

AZEREDO, Y. e SCHRAIBER, L. B. Violência institucional e humanização em saúde: apontamentos para o debate Institucional. Ciência & Saúde Coletiva, 22(9):3013-3022, 2017.

BERNARDES, L. e ARAUJO, T. Aborto e Deficiência: Percepção de Pessoas com Deficiência, Gestores Públicos e Bioeticistas no Contexto da Epidemia de Zika. Rev. Brasileira Bioética 2018;13(e2):1-17.

BOLETIM SESAP/2019. http://www.saude.rn.gov.br/Conteudo.asp

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. (Plano nacional de enfrentamento à microcefalia).

CUGOLA, F. R.; FERNANDES, I. R.; RUSSO, F. B. The Brazilian Zika virus strain causes birth defects in experimental models. In: Nature (2016) doi:10.1038/nature18296. Published online 11 May 2016.

DAVIS, Â. Mulheres, raça e classe. SP: Boitempo, 2016.

DINIZ, D. Zika: do sertão nordestino à ameaça global. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

FLEISCHER, S. Segurar, caminhar e falar: notas etnográficas sobre a experiência de uma “mãe de micro” no Recife/PE. Cadernos de Gênero e Diversidade, UFBA. Volume 03, n. 02 - Maio - Agosto, 2017.

FUNCK, S. B. Desafios atuais dos feminismos. Estudos feministas e de gênero: articulações e perspectivas [livro eletrônico] / organizadoras Cristina Stevens, Susane Rodrigues de Oliveira e Valeska Zanello. Fpolis: Ed. Mulheres, 2014.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Que deficiências a criança que nasce com microcefalia pode ter. Rio de Janeiro, 27 jan. 2016. Disponível em: <http://portal.fiocruz.br/pt-br/que-defici%C3%Aancias-a-crian%C3%A7a-que-nasce-com-microcefalia-pode-ter>. Acesso em: 29 abr. 2016.

MACHADO, L. Z. “Dádivas, Conflitualidades e Hierarquias na Saúde”. In: MARTINS, Paulo Henrique; CAMPO, Roberta (orgs.). Polifonia do dom. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2006, pp. 32-45.

MALUF, S. W. “Biolegitimidade, direitos e políticas sociais: novos regimes biopolíticos no campo da saúde mental no Brasil”. In: Estado, políticas e agenciamentos sociais em saúde: etnografias comparadas/Sônia Weidner Maluf, Érica Quinaglia Silva, organização. Fpolis: Ed. da UFSC, 2018.

MICROCEFALIA: Ministério da Saúde investiga 4.291 casos suspeitos no país. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/22869-microcefalia-ministerio-da-saude-investiga-4-291-casos-suspeitos-no-pais

MOORE, H. “Fantasias de poder e fantasias de identidade: gênero, raça e violência”. Cadernos Pagu, 14, 2000, pp.13-44.

SCOTT R., P.; QUADROS, M. T., RODRIGUES, A. C., et all. A Epidemia de Zika e as Articulações das Mães num Campo Tensionado entre Feminismo, Deficiência e Cuidados. Cadernos de Gênero e Diversidade, UFBA. Vol. 03, n. 02 - Maio - Agosto, 2017.

SCAVONE, L. “A maternidade e o feminismo: diálogo com as ciências sociais. Cadernos pagu (16) 2001: pp.137-150.

SEGATA, J. A Doença Socialista e o Mosquito dos Pobres. Iluminuras, Porto Alegre, v. 17, n. 42, p. 372-389, ago/dez, 2016.

SOARES, A. The Zika Epidemic in Brazil: State and the (re)Production of Inequalities. GT: Políticas Públicas de Saúde, Direitos Reprodutivos e Desigualdades. II Ras - Reunião de Antropologia da Saúde, UnB, Brasília, 2017.

VALIM, T. Um olhar antropológico sobre a sociabilidade de bebês nascidos com a Síndrome Congênita do Zika Vírus em Recife/PE: “ele sente tudo o que a gente sente.”. 2017. v, 78 f. Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais) — UnB Brasília, Brasília, 2017.

Published

2020-11-23

How to Cite

PORTO, Rozeli Maria. Zika virus and the therapeutic itineraries: the impact of the post-epidemic. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 22, n. 2, p. 169–199, 2020. DOI: 10.5007/2175-8034.2020v22n2p169. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/67321. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

Antropologia e as outras Ciências da Epidemia do Vïrus Zika