Ativismo Soropositivo: A Politização da Aids

Autores

  • Larissa Pelucio Nucleo de Estudos de Genero Pagu - Unicamp

Resumo

Um dos efeitos da epidemia da aids foi a passagem do discusso biomédico da esfera do privado para do político. As ONGs/aids têm grande participação na articulação desse discurso que vincula à soropositividade a noções de cidadania e ativismo. As ONGs/aids surgem fortemente marcadas pela presença de lideranças gays, passando depois a incorporar outras performances de gênero/sexuais, as quais compartilham esse olhar, formulando procedimentos normatizadores da doença. Assim, ao mesmo tempo em que se impõe um padrão de conduta, proporciona-se a afirmação de valores próprios desses grupos, tornando-os passíveis de legitimação. O ativismo proporcionou a construção e a rearticulação de “identidades” por meio da experiência subjetiva da doença e da sua politização.

Biografia do Autor

Larissa Pelucio, Nucleo de Estudos de Genero Pagu - Unicamp

Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu (Unicamp), Larissa Pelúcio é doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos e tem experiência nas áreas de Antropologia e Sociologia. Suas pesquisas abordaram temas como sexualidade, saúde, corporalidade, travestis e gênero. Atualmente desevolve pesquisa de pós-doutorado sobre mercado transnacional do sexo junto ao Projeto Temático "Gênero, Coporalidades" - Pagu. Há três anos participa do grupo de pesquisa Corpo, Identidade e Estética da Existência, junto ao qual promoveu diversos eventos.

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Publicado

2007-01-01

Como Citar

PELUCIO, Larissa. Ativismo Soropositivo: A Politização da Aids. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 9, n. 1, 2, p. 119–141, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/7947. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

NÚMERO 1: Dossiê Políticas e Subjetividades nos "Novos Movimentos Culturais"