Transformations of rooting for: sportiveness of watching and gaze on sportification
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e84360Keywords:
Anthropology of sportives practices, Rooting for, Show football, Amerindian wrestling, Upper XinguAbstract
Rooting for is a practice that is committed to the universe of sports. Starting from the relationship between two sensitive instances – playing and watching –, rooting for unfolds in metaphorical and metonymic categorical games, highlighting disputes and appropriations for the meanings of the practice. Ethnographic gazes focus on a process described in sport sociology as sportification, qualified here by the expression “sportiveness of watching”. We will mobilize rooting for both in the categorical games present in football, and in an Amerindian wrestling, spectacularized in interethnic rituals of the egitsu?, Upper Xingu/BR, called kindene. Ethnographies of sportiveness, or gaze on sportification, challenge the universalizing ambition of the sociological notion alluded to, which minimizes the dialectical nature of the relationship between watching and playing. Another attempt will be to promote the Amerindian sportiveness to the centre of the debates on Xinguan sociality.
References
AGOSTINHO, Pedro. Kwarìp: Mito e Ritual no Alto Xingu. São Paulo: EPU/EDUSP, 1974.
ALMEIDA, Mauro. Guerras culturais e relativismo cultural. Revista Brasileira de Ciências Sociais, [s.l.], v. 14, n. 41, p. 5-14, 1999.
BARCELOS NETO, Aristóteles. Apapaatai: Rituais de Máscaras no Alto Xingu. 2005. 328p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
BARCELOS NETO, Aristóteles. Objetos de poder, pessoas de prestígio: a temporalidade biográfica dos rituais xinguanos e a cosmopolítica wauja. Mundo amazónico, [s.l.], v. 3, p. 71-94, 2012.
BASSO, Ellen. The Kalapalo Indians of Central Brazil. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1973.
BONFIM, Aira. Football feminino entre festas esportivas, circos e campos suburbanos: uma história social do futebol praticado por mulheres da introdução à proibição (1915-1941). 2019. 217p. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2019.
BOURDIEU, Pierre. Como é possível ser esportivo? In: BOURDIEU, Pierre. Questões de sociologia. Rio de janeiro: Marco Zero, 1983. p. 136-153.
BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, [1987]1990.
CARNEIRO, Robert. Quarup: a Festa dos Mortos no Alto Xingu. In: COELHO, Vera (org.). Karl von den Steinen: um Século de Antropologia no Xingu. São Paulo: EDUSP, 1993. p. 405-429.
COELHO, Vera (org.). Karl von den Steinen: um século de Antropologia no Xingu. São Paulo: EDUSP, 1993.
COSTA, Carlos. Ikindene hekugu. Uma etnografia da luta e dos lutadores no Alto Xingu. 2013. 350p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.
COSTA, Carlos. Política da reclusão: chefia e fabricação de corpos no Alto Xingu. Revista R@U, v. 12, n. 1, p. 145-172, 2020.
COSTA, Carlos. Practices of looking, transformations in cheering: alliances and rivalries in Upper Xinguan wrestling. Anuário Antropológico, v. 46, n. 2, p. 254-270, 2021.
COSTA, Carlos. Artes marciais no Alto Xingu: mito, história e transformações entre guerra e ritual. Mana – Estudos de Antropologia Social, Rio de Janeiro, v. 28, n. 1, p. 1-30, 2022.
DAMO, Arlei. Futebol e identidade social: uma leitura antropológica das rivalidades entre torcedores e clubes. Porto Alegre: Editora da Universidade IFCH/UFRGS, 2002.
DAMO, Arlei. Do dom à profissão: a formação de futebolistas no Brasil e na França. São Paulo: Hucitec; Anpocs, 2007.
DULLEY, Iracema. Os nomes dos outros: Etnografia e diferença em Roy Wagner. São Paulo: Humanitas; Fapesp, 2015.
ELIAS, Norbert. O processo civilizatório. Rio de Janeiro: Zahar, 1994. ELIAS, Norbert; DUNNING, Eric. A Busca da Excitação. Lisboa: Diffel, 1992.
FAUSTO, Carlos. Chefe Jaguar, Chefe Árvore: Afinidade, Ancestralidade e Memória no Alto Xingu. Mana – Estudos de Antropologia Social, Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, p. 653-676, 2017.
FAUSTO, Carlos. A máscara do animista: quimeras e bonecas russas na América Indígena. In: SEVERI, Carlo; LAGROU, Els. (org.). Quimeras em Diálogo: Grafismo e Figuração na Arte Indígena. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2014. p. 305-331.
FRANCHETTO, Bruna. Forma e significado na poética oral kuikuro. Ameríndia, Paris, n. 14, 1989.
FRANCHETTO, Bruna; HECKENBERGER, Michael (org.). Os Povos do Alto Xingu: História e Cultura. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2001.
GIULANOTTI, Richard. Supporters, followers, fans, and flaneurs: a taxonomy of spectator identities in football. Journal of Sport & Social Issues, [s.l.], v. 26, n. 1, p. 25-46, 2002.
GREGOR, Thomas. Uneasy Peace: Intertribal Relations in Brazil’s Upper Xingu. In: HAAS, Jonathan (org.). The Anthropology of War. Cambridge: Cambridge University Press, 1990. p. 105-124.
GUERREIRO, Antonio. Ancestrais e Suas sombras: uma Etnografia da Chefia Kalapalo e Seu Ritual Mortuário. 2012. 511p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
GUERREIRO, Antonio. Quarup: transformações do Ritual e da Política no Alto Xingu. Mana – Estudos de Antropologia Social, [s.l.], v. 21, n. 2, p. 377-406, 2015.
GUERREIRO, Antonio. Do que é feita uma sociedade regional? Lugares, donos e nomes no Alto Xingu. Ilha – Revista de Antropologia, Florianópolis, n. 18, p. 23-55, 2016.
HUGH-JONES, Stephen; GUERREIRO, Antonio; ANDRELLO, Geraldo. Space-time Transformations in the Upper Xingu and Upper Rio Negro. Sociologia & Antropologia, [s.l.], v. 5, n.3, p. 699-723, 2015.
JUNQUEIRA, Carmen; VITTI, Taciana. O Kwaryp Kamaiurá na Aldeia de Ipavu. Estudos Avançados, [s.l.], v. 23, n. 65, p. 133-148, 2009.
LEA, Vanessa. Parque Indígena do Xingu. [S.l.]: Laudo Antropológico. 1997. LEVER, Janet. A Loucura do Futebol. Rio de Janeiro: Record, 1983.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Introdução à obra de Marcel Mauss. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
MEHINAKU, Mutua. Tetsualü: pluralismo de línguas e pessoas no Alto Xingu. 2010. 221p. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Museu Nacional, Rio de Janeiro, 2010.
MELLO, Maria. Iamurikuma: música, mito e ritual entre os Wauja do Alto Xingu. 2005. 335p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
MELO, Victor; BUARQUE DE HOLANDA, Bernardo; MALAIA, João; TOLEDO, Luiz Henrique de. A torcida Brasileira. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2012.
MENEZES BASTOS, Rafael. Exegeses Yawalapití e Kamayurá da Criação do Parque Indígena do Xingu e a Invenção da Saga dos Irmãos Villas Boas. Revista de Antropologia, [s.l.], v. 30/31/32, p. 391-426, 1989.
MENEZES BASTOS, Rafael. A Saga do Yawari: Mito, Música e História no Alto Xingu.
In: CARNEIRO DA CUNHA, M.; VIVEIROS DE CASTRO, E. (org.). Amazônia: Etnologia e História Indígena. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1993. p. 117-46.
MENGET, Patrick. Alliance and Violence in the Upper Xingu. In: 77TH ANNUAL MEETING OF THE AMERICAN ANTHROPOLOGICAL ASSOCIATION. Los Angeles. 1978. Anais [...]. Los Angeles, 1978.
MENGET, Patrick. Em Nome dos Outros: classificação das Relações Sociais entre os Txicão do Alto Xingu. Lisboa: Assírio & Alvin, 2001.
MICELI, Sergio. Norbert Elias e a questão da determinação. In: WAIZBORT, Leopoldo (org.). Dossiê Norbert Elias. São Paulo: Edusp, 1999. p. 113-128.
MURPHY, Robert; QUAIN, Buell. The Trumaí Indians. Monographs of the American Ethnological Society, XXIV, New York, v. xii, n. 108, p. in-8, 1955.
PIEDADE, Acácio. O canto do kawoká: música, cosmologia e filosofia entre os Wauja do Alto Xingu. 2004. 254p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
RANCIÉRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2005. SCHADEN, Egon. Três Exemplos. Revista de Antropologia, [s.l.], n. 13, p. 65-152, 1965.
SEEGER, Anthony; DAMATTA, Roberto; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A Construção da Pessoa nas Sociedades Indígenas Brasileiras. Boletim do Museu Nacional, [s.l.], n. 32, p. 2-19, 1979.
SIMÕES, Irlan. Clientes versus rebeldes: novas culturas torcedoras nas arenas do futebol moderno. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2017.
STEINEN, Karl. Entre os Aborígines do Brasil Central. Revista do Arquivo Municipal, [s.l.], separata, XXXIV e LVIII, 1940.
TEIXEIRA, Rosana. Os perigos da paixão: visitando jovens torcidas cariocas. São Paulo: Annablume, 2003.
TOLEDO, Luiz Henrique. Torcidas Organizadas de futebol. Campinas: Autores Associados; Anpocs, 1996.
TOLEDO, Luiz Henrique. Torcer: perspectivas analíticas em Antropologia das práticas esportivas. 2019. 319p. Tese (Titularidade) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2019.
TOLEDO, Luiz Henrique de. Lógicas no futebol – releituras. São Paulo: Editora Ludopédio, 2022.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Indivíduo e Sociedade no Alto Xingu: os Yawalapíti. 1977. 261p. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Museu Nacional, Rio de Janeiro, 1977.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A Fabricação do Corpo na Sociedade Xinguana. Boletim do Museu Nacional, [s.l.], n. 32, p. 40-49, 1979.
WAGNER, Roy. Lethal Speech. London: Cornell University Press, 1978. WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac & Naify, 2010.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Ilha Revista de Antropologia
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.