Searching for Testosterone: circulation of knowledge among male users
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2023.e85630Keywords:
Testosterone, Masculinities, Sex hormones, Gender, Co-ProductionAbstract
Contemporary biopolitics is marked by the molecularization of life and an intense pharmacologization of everyday life, which supports the hormonal theory of the body and deepens the view of sex hormones as chemical messengers of sex/gender. Thus, this article analyzes the life history of men who use testosterone as a body modification tool to reflect on the legitimized sources of information in the search for an effective encounter with the hormone. Four non-mutually exclusive sources are identified: biomedicine, clinic, specialist user groups and a personal network of contacts. The hormone is situated at the center of oppositions such as natural/artificial, legal/illegal and legitimate/illegitimate and articulates a wide circulation of knowledge that makes up its own biography. The conclusions point to a process of co-production, in which more than prioritizing a specific source, a shared and multifaceted body of knowledge about testosterone is built.
References
APPADURAI, Arjun (ed.). A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: EdUFF, 2008.
BECKER, Howard. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
BOLTASNKI, Luc. As classes sociais e o corpo. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
CLARKE, Adele et al. Biomedicalization: technoscientific transformations of health, illness and US biomedicine. American Sociological Review, [s.l.], v. 68, p. 161-194, 2003.
FARIAS, Patricia S.; CECCHETTO, Fátima; SILVA, Paulo R. P. Homens e mulheres com H(GH): gênero, masculinidades e anabolizantes em jornais e revistas de 2010. Cadernos Pagu, Campinas, v. 42, p. 417-446, jan.-jun. 2014.
FLECK, Ludwick. Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010.
FOX, Nick; WARD, Katie. Pharma in the bedroom...and the kitchen...The pharmaceuticalisation of daily life. Sociology of Health & Illness, [s.l.], v.30, n.6, p. 856-868, 2008.
GEEST, Sjaak van der; WHYTE, Susan R.; HARDON, Anita. The anthropology of pharmaceuticals: a biographical approach. Annual Review of Anthropology, [s.l.], v.25, p. 153-178, 1996.
HAMILTON, David. The monkey gland affair. Londres: Chatto & Windus, 1986. HOBERMAN, John. Testosterone dreams: rejuvenation, aphrodisia, doping. Berkeley e Los Angeles: University of California Press, 2005.
JASANOFF, Sheila (org.) States of knowledge: the co-production of science and social order. Londres e Nova York: Routledge, 2006.
KNAUTH, Daniela R.; COUTO, Márcia Thereza; FIGUEIREDO, Wagner dos S. A visão dos profissionais sobre a presença e as demandas dos homens nos serviços de saúde: perspectivas para a análise da implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 17, n. 10, p. 2.617-2.626, 2012.
KOPYTOFF, Igor. A biografia cultural das coisas: a mercantilização como processo. In: APPADURAI, Arjun (org.). A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: EdUFF, 2008. p. 89-121.
LAQUEUR, Thomas. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
OUDSHOORN, Nelly. Beyond the natural body: an archeology of sex hormones. Londres e Nova York: Routlegde, 1994.
ROBERTS, Celia. Messengers of sex: hormones, biomedicine and feminism. Nova York: Cambrigde University Press, 2007.
ROHDEN, Fabíola. O império dos hormônios e a construção da diferença entre os sexos. História, Ciências, Saúde –Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, supl., p. 133-152, jun. 2008.
ROSE, Nikolas. A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus, 2013.
RUSSO, Jane A.; FARO, Livi F. T.; MONTEZUMA, Aymara. Controvérsias em torno do “hipogonadismo tardio” e seu tratamento: um estudo das discussões médicas sobre o envelhecimento masculino. In: ANAIS DO 8o CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 2019, João Pessoa. Anais eletrônicos. Campinas, Galoá, 2019.
SABINO, César. Anabolizantes: drogas de Apolo. In: GOLDENBERG, Mirian (org.). Nu e Vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. Rio de Janeiro: Record, 2002. p. 139-188.
SCHIEBINGER, Londa. Feminism and the body. Oxford: Oxford University Press, 2000. TRAMONTANO, Lucas. A fixação e a transitoriedade do gênero molecular. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 23, n. 47, p. 163-189, jan.-abr. 2017a.
TRAMONTANO, Lucas. Testosterona: as múltiplas faces de uma molécula. 2017. 398p. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017b.
TRAMONTANO, Lucas. Os outros são os outros: percepções de homens usuários sobre os efeitos adversos da testosterona. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 31, n. 1, e210116, 2022.
TRAMONTANO, Lucas; RUSSO, Jane. O diagnóstico de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino e os (des)caminhos do desejo sexual masculino. Mediações, Londrina, v. 20, n. 1, p. 174-193, jan.-jun. 2015.
WILLIAMS, Simon; MARTIN, Paul; GABE, Jonathan. Pharmaceuticalisation of society? A framework for analysis. Sociology of Health & Illness, [s.l.], v. 33, n. 5, p. 710-725, 2011.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Ilha Revista de Antropologia

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.
