Atualização e contra-efetuação do virtual na socialidade amazônica: o processo de parentesco

Autores/as

  • Eduardo Viveiros de Castro Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumen

Este artigo esboça uma teoria geral da socialidade amazônica cujo eixo é o processo do parentesco. A “construção”da consaguinidade a partir da afinidade potencial - esta última constituindo a dimensão do “dado”na cosmopraxis indígena - é descrita como um movimento de diferenciação extensiva de uma diferença intensiva. O esquema do dualismo em dsequilíbrio perpétuo proposto por Lévi-Strauss em 1991 é aproximado do conceito de dualismo concêntrico que este autor avançou em 1956, e ambos são interpretados como exprimindo a mesma dinâmica de atualização e
contra efetuação de uma estrutura assimétrica virtual que rege tanto as relações interpessoais como as intrapessoais.

Biografía del autor/a

Eduardo Viveiros de Castro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Etnólogo americanista, com experiência de pesquisa na Amazônia. Doutor em Antropologia Social pela UFRJ (1984). Pós-doutorado na Université de Paris X (1989). Professor de etnologia no Museu Nacional/UFRJ desde 1978. Membro da Equipe de Recherche en Ethnologie Américaniste do C.N.R.S. desde 2001. Simón Bolívar Professor of Latin American Studies na Universidade de Cambridge (1997-98); Directeur de recherches no C.N.R.S. (1999-2001). Professor-visitante nas Universidades de Chicago (1991, 2004), Manchester (1994), USP (2003), UFMG (2005-06). Prêmio de melhor tese de doutorado em Ciências Sociais da ANPOCS (1984); Médaille de la Francophonie da Academia Francesa (1998); Prêmio Erico Vanucci Mendes do CNPq (2004); Ordem Nacional do Mérito Científico (2008). Orientou 33 dissertações de mestrado e dezesseis de doutorado de 1984 ao presente, todas no PPGAS do Museu Nacional. Orientações acadêmicas em curso: dois mestrandos, seis doutorandos. Publicou 100 artigos ou capítulos de livros e sete livros, de 1972 ao presente. Coordenou o Projeto Pronex "Transformações indígenas: os regimes de subjetivação ameríndios à prova da história" (2004-06). É o coordenador do Núcleo de Transformações Indígenas, grupo baseado no Museu Nacional/UFRJ, e co-coordenador da Rede Abaeté de Antropologia Simétrica.

Publicado

2000-01-01

Cómo citar

CASTRO, Eduardo Viveiros de. Atualização e contra-efetuação do virtual na socialidade amazônica: o processo de parentesco. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 2, n. 1, p. 5–46, 2000. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/14635. Acesso em: 31 ago. 2024.

Número

Sección

Artigos