A noção de ontologias múltiplas e suas consequências políticas

Autores/as

  • Iara Maria de Almeida Souza Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2015v17n2p49

Resumen

É possível observar hoje nas ciências sociais um interesse crescente pela ontologia. Se boa parte da agenda clássica da disciplina estava situada no campo da epistemologia, centrada na noção de representação; a agenda atual em grande medida se define por uma preocupação em entender não visões de mundo, mas as realidades ou os mundos em que estamos imersos. Segundo Marres, a virada ontológica nesta disciplina compreende níveis distintos de reflexão. No primeiro nível, ontologia se refere à explicitação dos pressupostos metateóricos acerca de quais entidades constituem a realidade e quais são as relações entre elas. Em outro nível se situam os autores cuja abordagem é rotulada por Marres de ontologia empírica, ou seja, que a pensam como fenômeno empírico ou acontecimento. Procura-se explorar neste nível as associações por meio das quais diferentes entidades vêm a ser no mundo e a própria realidade é vista como múltipla e fluida. A proposta deste artigo é discutir mais detidamente este segundo nível da ontologia, em especial a noção de ontologia múltipla formulada por Mol, explicitando sua compreensão das consequências políticas desta abordagem.

Biografía del autor/a

Iara Maria de Almeida Souza, Universidade Federal da Bahia

Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFBA, desenvolve pesquisa nas áreas de antropologia da ciência.

Publicado

2015-12-24

Cómo citar

SOUZA, Iara Maria de Almeida. A noção de ontologias múltiplas e suas consequências políticas. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 17, n. 2, p. 049–073, 2015. DOI: 10.5007/2175-8034.2015v17n2p49. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2015v17n2p49. Acesso em: 17 jul. 2024.

Número

Sección

NÚMERO 2: Artigos