Pan-africanismo, negritude e teatro experimental do negro

Autores/as

  • Kabengele Munanga Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2016v18n1p109

Resumen

Pretende-se neste texto, que integra o conjunto de trabalhos em homenagem ao intelectual negro Guerreiro Ramos, analisar de modo sintético três temas interligados que fizeram parte do pensamento e da linha de ação em busca da libertação do negro. Trata-se do pan-africanismo, da Negritude e do Teatro Experimental do Negro brasileiro. O primeiro nasceu nos Estados Unidos e nas Antilhas Britânicas, em 1900; o segundo nasceu em Paris, no Quartier Latin por volta de 1935; e o terceiro, no Brasil, em 1944. Apesar de terem nascido em épocas e em espaços geográficos diferentes, os três movimentos convergem como discursos e atitudes intelectuais e políticos em defesa da libertação política do negro da diáspora e do continente africano; do reconhecimento de sua história, de sua cultura, de sua identidade; de sua plena humanidade e de uas contribuições na história da humanidade, assim como nos países das Américas, onde os negros foram deportados e escravizados. Guerreiro Ramos participou da construção do Teatro Experimental do Negro em companhia de Abdias de Nascimento, juntando suas vozes às dos intelectuais negros do Pan-africanismo e da negritude num movimento de ação em busca da inclusão do Negro no Brasil.

Biografía del autor/a

Kabengele Munanga, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, Brasil

Possui Graduação em Antropologia Cultural pela Université Officielle Du Congo à Lubumbashi (1969) e Doutorado em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1977). Atualmente é Professor Titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente nos seguintes temas: racismo, identidade, identidade negra, África e Brasil.

Publicado

2016-10-19

Cómo citar

MUNANGA, Kabengele. Pan-africanismo, negritude e teatro experimental do negro. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 18, n. 1, p. 109–122, 2016. DOI: 10.5007/2175-8034.2016v18n1p109. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2016v18n1p109. Acesso em: 21 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos