Universal Church dialogues with other religious practices in southern Mozambique: another Pentecostalism
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2023.e85519Keywords:
Pentecostalism, Mozambique, Religious discourses, Universal Church of the Kingdom of God (UCKG), Anthropological studies in African contextsAbstract
The paper presents the analysis of some discourses of the Universal Church of the Kingdom of God (UCKG) in southern Mozambique and problematizes the dialogues of this church with aspects of different religious contexts, especially the contexts of “traditional” religious practices and Zione practices. Some elements are emphasized: the mentions of “tradition”; the recognition and appropriation of language, cosmologies and local notions of evil; the phenomenon of possession and exorcism; the phenomenon of sacrifice; the performance of pastors and bishops; and the diagnoses and treatments. The findings show that UCKG’s Pentecostalism differs from other Pentecostalisms present in African contexts, and that several ideas and practices from “traditional” and Zione religious contexts created and create conditions for the UCKG’s discourses and practices to be relevant, effective and significant in southern Mozambique.
References
ALDEN, C. Mozambique and the Construction of the New African State: From Negotiations to Nation Building. London: Palgrave, 2001.
ALMEIDA, R. A guerra das possessões. In: ORO, A. P.; CORTEN, A.; DOZON, J. P. (org.). Igreja Universal do Reino de Deus: os novos conquistadores da fé. São Paulo: Paulinas, 2003. p. 321-342.
ALMEIDA, R. A Igreja Universal e seus demônios: um estudo etnográfico. São Paulo: Terceiro Nome, 2009.
BAUR, J. Dois mil anos de cristianismo em África: uma história da igreja africana. 2. ed. Prior Velho: Paulinas, 2014.
BERTELSEN, B. E. Violent Becomings: State Formation, Sociality, and Power in Mozambique. New York: Berghahn, 2016.
BREDEKAMP, H.; ROSS, R. (ed.). Missions and Christianity in South African History. Johannesburg: WUP, 1995.
CABRITA, J. M. Mozambique: The Tortuous Road to Democracy. London: Palgrave, 2000.
CAVALLO, G. Curar o passado: mulheres, espíritos e “caminhos fechados” nas igrejas zione em Maputo, Moçambique. 2013. 327p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade de Lisboa, Lisboa, 2013.
CHAN, S.; VENÂNCIO, M. War and Peace in Mozambique. London: Macmillan, 1998. CHAWNER, C. A. (org.). Mhalamhala Ya Evangeli – Tinsimu Ta Vutomi: Tsonga Hymnal. Maputo: Assembleia de Deus [White River: Emmanuel], 2010.
CRUZ E SILVA, T. A Igreja Universal em Moçambique. In: ORO, A. P.; CORTEN, A.; DOZON, J. P. (org.). Igreja Universal do Reino de Deus: os novos conquistadores da fé. São Paulo: Paulinas, 2003. p. 123-135.
DARCH, C. A Success Story Gone Wrong? The Mozambican Conflict and the Peace Process in Historical Perspective. Maputo: FES, 2018.
DINERMAN, A. Revolution, Counter-Revolution and Revisionism in Postcolonial Africa: The Case of Mozambique, 1975-1994. London: Routledge, 2006.
EDGAR, R. R.; SAPIRE, H. African Apocalypse: The Story of Nontetha Nkwenkwe, a Twentieth-Century South African Prophet. Athens: OUP; Johannesburg: WUP, 1999.
EVANS-PRITCHARD, E. E. La religión nuer. Madrid: Taurus, 1980.
EVANS-PRITCHARD, E. E. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
FIOROTTI, S. A Igreja Universal e o espírito da palhota: análise dos discursos religiosos e políticos da IURD no sul de Moçambique. 2018. 226p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.
FIOROTTI, S. O que ocorre na Igreja Universal em Angola? Observatório da Imprensa, São Paulo, 1o set. 2020.
FRESTON, P. The Universal Church of the Kingdom of God: A Brazilian Church Finds Success in Southern Africa. Journal of Religion in Africa, [s.l.], v. 35, n. 1, p. 33-65, 2005.
FRY, P. O Espírito Santo contra o feitiço e os espíritos revoltados: ‘civilização’ e ‘tradição’ em Moçambique. Mana, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, p. 65-95, 2000.
FRY, P. Culturas da diferença: sequelas das políticas coloniais portuguesas e britânicas na África Austral. Afro-Ásia, [s.l.], v. 29-30, n. 1, p. 271-316, 2003.
GASPAR, D. G. É dando que se recebe: a Igreja Universal do Reino de Deus e o negócio da fé em Moçambique. 2006. 228p. Dissertação (Mestrado em História Social) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2006.
GEFFRAY, C. Nem pai nem mãe – crítica do parentesco: o caso macua. Lisboa: Caminho, 2000.
GESCHIERE, P. Política de la pertenencia: brujería, autoctonía e intimidad. Ciudad de México: FCE, 2012.
GIUMBELLI, E. Um projeto de cristianismo hegemônico. In: SILVA, V. G. (org.). Intolerância religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo afro-brasileiro. São Paulo: Edusp, 2007. p. 149-170.
GRANJO, P. Ser curandeiro em Moçambique: uma vocação imposta? In: BORGES, V.; DELICADO, A.; DIX, S. (org.). Profissão e vocação. Lisboa: ICS-UL, 2010. p. 115-143.
HONWANA, A. M. Espíritos vivos, tradições modernas: possessão de espíritos e reintegração social pós-guerra no sul de Moçambique. Maputo: Promédia, 2002.
HUBERT, H.; MAUSS, M. Ensaio sobre a natureza e a função do sacrifício. In: MAUSS, M. Ensaios de sociologia. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2009. p. 141-227.
JUNOD, H. A. Usos e costumes dos bantos: a vida duma tribo sul-africana. Vol. 1 e 2. Lourenço Marques [Maputo]: INM, 1944-46.
KIERNAN, J. The African Independent Churches. In: PROZESKY, M.; DE GRUCHY, J. (ed.). Living Faiths in South Africa. Cape Town and Johannesburg: David Philip, 1995. p. 116- 128.
LANGA, A. Questões cristãs à religião tradicional africana (Moçambique). 2. ed. Braga: Franciscana, 1992.
LÉVI-STRAUSS, C. O feiticeiro e sua magia. In: LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975. p. 193-213.
LUBKEMANN, S. C. Culture in Chaos: An Anthropology of the Social Condition in War. Chicago: UCP, 2008.
MAHUMANE, J. A. Marido espiritual: possessão e violência no sul de Moçambique. 2015. 223p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade de Lisboa, Lisboa, 2015.
MANNING, C. Constructing Opposition in Mozambique: Renamo as Political Party. Journal of Southern African Studies, [s.l.], v. 24, n. 1, p. 161-189, 1998.
MANNING, C. Competition and Accommodation in Post-Conflict Democracy: The Case of Mozambique. Democratization, [s.l.], v. 8, n. 2, p. 140-168, 2001.
MARIANO, R. Pentecostais em ação: a demonização dos cultos afro-brasileiros. In: SILVA, V. G. (org.). Intolerância religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo afro-brasileiro. São Paulo: Edusp, 2007. p. 119-147.
MEYER, B. Christianity in Africa: From African Independent to Pentecostal-Charismatic Churches. Annual Review of Anthropology, [s.l.], v. 33, n. 1, p. 447-474, 2004.
MEYER, B. A estética da persuasão: as formas sensoriais do cristianismo global e do pentecostalismo. Debates do Ner, [s.l.], v. 34, n. 1, p. 13-45, 2018.
NEWITT, M. História de Moçambique. Mem Martins: Europa-América, 1997. PASSADOR, L. H. As mulheres são más: pessoa, gênero e doença no sul de Moçambique. Cadernos Pagu, [s.l.], v. 35, n. 1, p. 177-210, 2010.
PFEIFFER, J. African Independent Churches in Mozambique: Healing the Afflictions of Inequality. Medical Anthropological Quarterly, [s.l.], v. 16, n. 2, p. 176-199, 2002. PITCHER, M. A. Transforming Mozambique: The Politics of Privatization, 1975-2000. Cambridge: CUP, 2002.
POLANAH, L. O nhamussoro e as outras funções mágico-religiosas. Coimbra: IA-UC, 1987.
RIBEIRO, A. Antropologia: aspectos culturais do povo changana e problemática missionária. Maputo: Paulinas, 1996.
SCHAFER, J. Soldiers at Peace: Veterans and Society After the Civil War in Mozambique. New York: Palgrave, 2007.
SERRA, C. O extra-quotidiano iurdiano em Maputo. In: SERRA, C. Combates pela mentalidade sociológica. 2. ed. Maputo: IU, 2003. p. 41-46.
SETILOANE, G. M. Teologia africana: uma introdução. São Bernardo do Campo: Fateo- Umesp, 1992.
SILVA, V. G. Entre a gira de fé e Jesus de Nazaré. In: SILVA, V. G. (org.). Intolerância religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo afro-brasileiro. São Paulo: Edusp, 2007. p. 191-260.
SITOE, B. Dicionário changana-português. 2. ed. Maputo: Texto, 2011. SUNDKLER, B. Bantu Prophets in South Africa. 2. ed. London: OUP, 1961.
THOMAZ, O. R. Lobolo e trabalho migratório: reprodução familiar e aventura no sul de Moçambique. In: TRAJANO FILHO, W. (org.). Travessias antropológicas. Brasília: Aba Publicações, 2012. p. 221-239.
VAN DE KAMP, L. Violent Conversion: Brazilian Pentecostalism and the Urban Pioneering of Women in Mozambique. 2011. 314p. Tese (Doutorado em Antropologia) – Vrije Universiteit, Amsterdã, 2011.
VAN DE KAMP, L. Pentecostalismo brasileiro, ‘macumba’ e mulheres urbanas em Moçambique. In: ORO, A. P.; STEIL, C. A.; RICKLI, J. (org.). Transnacionalização religiosa: fluxos e redes. São Paulo: Terceiro Nome, 2012. p. 59-76.
WEBSTER, D. J. A sociedade chope: indivíduo e aliança no sul de Moçambique, 1969-1976. Lisboa: ICS-UL, 2006.
WERBNER, R. The Argument of Images. In: VAN BINSBERGEN, W.; SCHOFFELEERS, M. (ed.). Theoretical Explorations in African Religion. London: Kegan Paul, 1985. p. 253-286.
WEST, H. G. Kupilikula: o poder e o invisível em Mueda, Moçambique. Lisboa: ICS-UL, 2009.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Ilha Revista de Antropologia

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.
