IN ARENA - O sagrado “demasiadamente humano” na arte contemporânea

Autores

  • Leila Amaral Universidade Federal de Juiz de Fora

Resumo

Tendo como referência os trabalhos dos artistas plásticos Arthur Barrio, Nuno Ramos e Karin Lambrecht, será apresentada uma reflexão relativa à imaginação do sagrado na arte contemporânea, a partir da interpretação de temas, imagens, materiais e categorias formais que sustentam a linguagem contemporânea quando se trata do corpo em sua relação com o visceral. Como argumento central, será sugerido que o sentido de sagrado - ou o sublime como uma categoria irreligiosa do sagrado na cultura contemporânea - refere-se não ao “ser”, mas ao “existir” entre a agitação da vida e da morte, quando todas as determinações finitas se dissolvem e o fracasso aparece na sua forma mais pura, num mundo em que não se espera mais uma articulação definitiva e unívoca entre significado e vida. A hipótese é que tal consciência tem levado, ao invés de a um pensamento niilista em relação ao mundo, a uma aceitação do mistério da existência, quando o homem contemporâneo, numa espécie de vazio da imaginação, tem a possibilidade de se abrir para a aceitação desse mistério.

Biografia do Autor

Leila Amaral, Universidade Federal de Juiz de Fora

Possui graduação em Ciencias Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1968), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1988) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professor convidado no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia da Religiao, atuando principalmente nos seguintes temas: religiao e modernidade, sincretismo religioso, novas espiritualidades e religião e arte contemporânea.

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Publicado

2003-01-01

Como Citar

AMARAL, Leila. IN ARENA - O sagrado “demasiadamente humano” na arte contemporânea. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 5, n. 2, p. 057–075, 2003. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/15358. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos