Pessoas e Grupos: alguns aspectos dos nomes dos Yaminahua1 (Pano/Peru)

Autores

  • Miguel Afredo Carid Naveira Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2016v18n2p122

Resumo

Quando falam de si próprios ou de seus parentes, os Yaminahua (Pano) que habitam no Alto Ucayali e no Alto Juruá (Peru) mencionam uma série de nomes que situam as pessoas em séries genealógicas concretas: Nixinahua, Baxunahua, Amahuaca, Txitonahua, entre outros. São nomes que distinguem tanto as pessoas entre si como os coletivos. Como nomes de coletivos, eles se aproximam do sentido que se dá ao termo etnônimo. De fato, povos com esses nomes habitam ou habitaram em outras aldeias e aparecem em fontes diversas, históricas e atuais. Como marcas da identidade individual, eles são referentes de intensidades de parentesco; os nomes fazem parte das pessoas, sublinham uma história e contribuem a produzi-la. A partir da análise do uso que os Yaminahua fazem desses nomes, este texto pretende explorar a conexão que eles operam entre as pessoas e os grupos.

Biografia do Autor

Miguel Afredo Carid Naveira, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Geografia e Historia -Esp. Antropologia Americana - Universidade Complutense de Madri (1996), mestrado (1999) e doutorado (2007) em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós-doutorado pelo Museu Nacional/PPGAS/Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013). Realiza trabalho de campo em regiões amazônicas do Acre e do Peru, junto a povos do tronco linguístico Pano. Atualmente é professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná e colaborador do Museu de Arqueologia e Etnologia dessa mesma universidade, onde coordena vários projetos. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena e Teoria Antropológica.

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Publicado

2016-12-24

Como Citar

NAVEIRA, Miguel Afredo Carid. Pessoas e Grupos: alguns aspectos dos nomes dos Yaminahua1 (Pano/Peru). Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 122–148, 2016. DOI: 10.5007/2175-8034.2016v18n2p122. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2016v18n2p122. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos