Feofíceas do litoral norte do Estado do Espírito Santo

Autores

  • Cristina Aparecida Gomes Nassar Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Yocie Yoneshigue-Valentin Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (Marinha do Brasil)
  • Maria Cristina da Silva Maurat Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Cristina Falcão Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Gilberto J. P. Mitchell Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

As feofíceas de um modo geral, são referidas na literatura como sensíveis as variações dos parâmetros ambientais. 0 objetivo deste estudo é a avaliação quali-quantitativa deste grupo de algas que sofre a influência dos complexos industriais do litoral norte do Espírito Santo. A área de estudo esta delimitada ao norte pelo município de Barra do Riacho (19°50'S - 40°03'W) e ao sul pelo município de Vitória (20°20'S - 40°17'W). 0 material estudado é proveniente de 12 transectos posicionados perpendicularmente às praias e os quadrados (0.25x0.25m) lançados de forma pontual a cada 5m. São quatro as estações de coleta: Santa Cruz, Barra do Riacho (Áreas A e B) e Camburi. A Área B e Camburi estão inseridas em locais de lançamento de efluente. As coletas foram realizadas no período de 03/86 a 09/87. Foram identificadas 28 taxa de feofíceas referentes a 5 ordens (Ectocarpales, Sphacelariales, Scytosiphonales, Dictyotales e Fucales). Das espécies estudadas 9 são consideradas como citações novas para o Estado, tendo algumas delas seu limite de distribuição ampliado: Padina gymnospoza, Padina jamaicensis, Dictyopteris membranacea, Dictyota ciliolata, Sargassum stenophyllum, Sargassum filipendula, Sargassum vulgare, Sargassum ramifolium, Sargassum furcatum. 0 estudo quantitativo baseado nos transectos demonstrou que Sargassum apresentou valor elevado de biomassa (44.2 a 73.3g/625m2) e freqüencia 70.8 a 73.1%/625cm2). 0 gênero Padina teve a sua representação também com valores elevados de biomassa (33.5 a 43.1g/625cm2) e freqüencia (40.6 a 58.8%/625cm2). Barra do Riacho - Área B não apresentou populações de nenhuma espécie de feofíceas. Isto vem sugerir que os efluentes do complexo industrial, lançados na área estudada, prejudicam o crescimento das algas bentónicas na região.

Biografia do Autor

Cristina Aparecida Gomes Nassar, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Laboratório Integrado de Ficologia - Inst. Biologia - UFRJ; Bolsista de aperfeiçoamento do CNPq - Proc. nº 122201/ 86.8

Yocie Yoneshigue-Valentin, Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (Marinha do Brasil)

IEAPM - Arraial do Cabo - RJ; Bolsista do CNPq - Proc. nº 302326/ 76-0C.

Maria Cristina da Silva Maurat, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Lab. Integrado de Ficologia - Inst. Biologia - UFRJ.

Cristina Falcão, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Lab. Integrado de Ficologia - Inst. Biologia - UFRJ.

Gilberto J. P. Mitchell, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Lab. Integrado de Ficologia - Inst. Biologia - UFRJ.

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Publicado

1989-01-01