Diatomáceas (Bacillariophyta) do complexo lagunar do sul do estado de Santa Catarina, Brasil
Resumo
O complexo lagunar do sul catarinense é de grande importância ecológica e social para o estado por ser vital para o ciclo biológico de várias espécies de peixes e crustáceos, com repercussão na formação de estoques marinhos, além de representar um meio de subsistência para as comunidades humanas que vivem no entorno. Como parte de um estudo maior, visando o diagnóstico ambiental do complexo lagunar (Projeto Provida - 1999), foi realizado o levantamento florístico e o estudo da distribuição horizontal qualitativa das Diatomáceas (Bacillariophyta). Este grupo de microalgas é o mais representativo em riqueza de espécies nas regiões lagunares /estuarinas do estado de Santa Catarina. As coletas foram realizadas nas lagoas Mirim, Imaruí, Santo Antônio, Ribeirão Grande, Santa Marta, Camacho, Garopaba do Sul e Manteiga, em duas campanhas em abril / 1992 e novembro/1993. Foram identificados 125 táxons específicos e infraespecíficos distribuídas em 66 gêneros: Coscinodiscophyceae (27) gêneros, Fragilariophyceae (9) e Bacillariophyceae (30). A classe Bacillariophyceae apresentou maior número de táxons (64), seguida por Coscinodiscophyceae (50) e Fragilariophyceae (10). Os gêneros Coscinodiscus e Diploneis apresentaram a maior riqueza de espécies, 9. Predominaram os táxons marinhos/ estuarinos (96 ) em relação aos de água doce (24) e indiferentes (5). Apenas 10 gêneros presentes são planctônicos. Os demais ocorrem ocasionalmente no plâncton e são principalmente epipélicos. O grau de isolamento das lagoas esteve relacionado com a riqueza de táxons. As lagoas Ribeirão Grande e Manteiga, com as menores riquezas de taxons específicos e infraespecíficos (10 e 23), respectivamente, são as mais isoladas do sistema. Por outro lado, a lagoa de Santo Antônio, que faz a conexão com o mar e recebe o maior aporte de água do sistema, apresentou a maior riqueza de táxons (83).
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