Trabalho, direitos sociais e proteção social na Argentina da reconstrução neoliberal

Autores

Resumo

O artigo analisa a reorganização da proteção social na Argentina iniciada no final de 2015. Toma como analisadores o encerramento de políticas centrais da estratégia de inclusão pelo trabalho que caracterizou o ciclo político anterior: a moratória previdenciária e a promoção das cooperativas de trabalho. Com base na análise documental, são examinadas as formas pelas quais se reconstruíram os significados do trabalho e o reconhecimento de direitos na definição dos problemas sociais e das estratégias de intervenção do Estado para abordá-los. A análise realizada mostra que os processos de contrarreforma neoliberal em curso convergem na redefinição do valor social do trabalho e do horizonte de integração social e econômica das populações vulneráveis. Esses novos significados baseiam-se em uma interpretação restrita e mercantilizada dos direitos sociais e do trabalho, cujos efeitos são a assistencialização e a individualização das proteções sociais.

Biografia do Autor

Malena Victoria Hopp, Universidad de Buenos Aires, Ciudad Autónoma de Buenos Aires

Doutorado em Ciências Sociais pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidad de Buenos Aires (UBA). Investigadora do Centro Cultural de Cooperación Floreal Gorini (CCC). Professora da Faculdade de Ciências Sociais no Curso de Graduação em Serviço Social e Investigadora do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas no Instituto de Investigações Gino Germani da Universidad de Buenos Aires (UAB).

Eliana Lijterman, Universidad de Buenos Aires, Ciudad Autónoma de Buenos Aires

Mestrado em Investigação em Ciências Sociais pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidad de Buenos Aires (UBA). Professora da Faculdade de Ciências Sociais no Curso de Graduação em Serviço Social da Universidad de Buenos Aires (UBA).

Publicado

2019-04-25