Reforma psiquiátrica e a dependência brasileira: entre o arcaico e o moderno
Resumo
No presente estudo, foram realizadas algumas aproximações da Política de Saúde Mental, como pressuposto da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB), à luz da Teoria Marxista da Dependência (TMD), com o objetivo de analisar as implicações assistências e epidemiológicas desse movimento atrelado à totalidade do processo de acumulação capitalista. Com este intuito, foi abordado do ponto de vista histórico-descritivo os dados de saúde mental na cidade de São Paulo entre 2008-2017, promovendo uma análise qualitativa por meio do materialismo histórico-dialético. Demonstrou-se que a RPB é incompleta e hibridiza com diferentes perspectivas de saúde, o que foi constatado pela permanência de características asilares (o arcaico) em conjunto com serviços de caráter substitutivo (o moderno). Dessa maneira, a contradição entre dependência e a constituição de uma política social em uma das principais cidades da periferia da economia mundial.
Referências
This study carried out analysis of the Mental Health Policy, as part of the Brazilian Psychiatric Reform (BPR), based on the
Marxist Dependence Theory (MDT). The objective is to understand the implications of BPR – related to the totality of the capitalist
accumulation process – regarding services and epidemiology. A historical-descriptive perspective was adopted to approach the data on
mental health in the city of São Paulo between 2008 and 2017, promoting a qualitative analysis through historical and dialectical
materialism. The analysis demonstrates that the BPR is incomplete and hybridizes with different perspectives on health, which was
verified by the permanence of asylum characteristics (the archaic) together with substitutive services (the modern). The study explains
the contradiction between dependence and the constitution of social policy in a large city of a developing country.
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