Antirracismo no debate da formação social brasileira e classes sociais: desafio ao serviço social contemporâneo

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DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2022e86401

Resumo

O mundo atravessa uma crise civilizatória que acirrada pela pandemia de Covid-19 fez com que contradições históricas se tornassem mais visíveis. Vivemos a crise – e lutamos pela derruição – do modelo ocidental de civilização inventado pela branquitude, um modelo que nos últimos cinco séculos têm se servido de tudo e de todos como mercadorias e excluído da condição humana quem não está em seu âmbito. A construção da ideia moderna de raça e as relações sociais derivadas conformaram em termos mundiais a hierarquização racial, o racismo contemporâneo estrutural e estruturante do capitalismo, que no Brasil está na base das iniquidades de acesso a direitos quando comparadas as condições de vida das populações brancas com as populações negras e indígenas. Raça remete ao racismo, à escravidão, ao colonialismo e às imagens historicamente construídas sobre “ser negro”, “ser indígena” e “ser branco”, ou seja, tem um significado político e ideológico que cria e perpetua desigualdades sociais e privilégios vinculados a racialização dos grupos sociais.

 

Biografia do Autor

Ana Paula Procopio, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Faculdade de Serviço Social

Docente da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutora em Serviço Social (UFRJ, 2017). Mestre em Serviço Social (UERJ, 2009). Possui graduação em Psicologia (UGF, 1996) e em Serviço Social (UERJ, 2007). Coordenadora do Programa de Estudos e Debates dos Povos Africanos e Afro-americanos -PROAFRO UERJ. Integrante do Centro de Estudos Octavio Ianni (FSS/UERJ). Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social e processos de trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: fundamentos do serviço social, trabalho, relações étnico-raciais, educação e saúde.

Publicado

2022-05-06