(Re) existências piauienses de feministas negras no caso Renata Costa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2023.e91583

Palavras-chave:

feminismo negro, mulheres piauienses, feminicídio, interseccionalidade

Resumo

Este artigo traz uma discussão sobre a atuação da Frente Popular de Mulheres Contra o Feminicídio em relação ao feminicídio de Renata Costa, uma mulher negra e piauiense que foi vítima de violência misógina. O caso ganhou grande repercussão regional e nacional devido às manifestações realizadas pelo coletivo em questão. No aspecto metodológico,
trata-se de um estudo de caso realizado por meio de entrevista semiestruturada feita com uma militante do coletivo que esteve presente no ato político Cadê a Renata? Foi utilizada a teoria da interseccionalidade como um conceito teórico para analisar criticamente a realidade social, permitindo visualizar como uma “lupa” as opressões. Os resultados apontam que a resistência do feminismo negro possui relevância para a visibilidade e enfrentamento à expressão da questão social, feminicídio, violência que se encontra mais presente entre mulheres negras.

Biografia do Autor

Ana Vitória de Sousa Silva, Universidade Federal do Piauí

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Políticas públicas da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Elaine Nascimento

Doutora em Ciências pelo Instituto Fernandes Figueira/Fundação Oswaldo Cruz
Coordenadora Adjunta da Fiocruz Piauí (FIOCRUZ-PI)
Docente Permanente da Universidade Federal do Piauí do Programa de Pós-graduação em Políticas
públicas (UFPI)

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Publicado

2023-07-17