Acumulação como violência, violência como acumulação: o Estado e o capitalismo dependente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2023.e93170

Palavras-chave:

Violência Estatal, Capitalismo Dependente, Estado Dependente

Resumo

Este ensaio teórico tem como objetivo discutir o recurso à violência estatal no capitalismo dependente. Discute-se como a violência é necessária para a autorreprodução do capital e para a manutenção da contradição capital-trabalho. Tal necessidade se coloca em decorrência das debilidades estruturais impostas pela relação imperialismo e dependência,
como a transferência de valor, a superexploração da força de trabalho, o agravamento das expressões da “questão social”, o racismo e a subsoberania. Para tanto, o artigo tem dois pontos centrais: a relação imperialismo e dependência e a amálgama entre Estado dependente e violência. Com a discussão, apreende-se que a manutenção do Estado dependente faz uso da violência para: a) superexploração da força de trabalho; b) realizar e/ou apoiar as expropriações; c) garantir as condições políticas de reprodução do capital; d) controlar as possibilidades de revolta e revolução, realizando a mediação da luta de classes através da violência.

Biografia do Autor

Gustavo de Aguiar Campos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Possui gradução (2019) em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente faz mestrado em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia d Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGPSI/UFRN). É pesquisador vinculado ao Grupo de Pesquisa Marxismo & Educação (GPME/UFRN).

Isabel Fernandes de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora em Psicologia Clinica pela USP/SP, docente e pesquisadora no PPGPSI/UFRN, coordenadora do GPM&E (Diretório CNPQq). Bolsista de produtividade CNPq 2.

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Publicado

2023-10-20