O poder simbólico e a distância entre os dois Brasis: o formal e o informal

Autores

  • Mauro Gaglietti IMED - Passo Fundo - RS

Resumo

Neste texto, examina-se a dimensão simbólica do discurso jurídico como construtor de realidades, entre os agentes institucionais ligados às profissões do trabalho social. Demonstra-se, assim, que as opiniões – tecnicamente fundamentadas – desses agentes transformam-se em pareceres que podem corroborar as decisões judiciais, contribuindo para a construção de concepções sociais a respeito da população. Ao mesmo tempo, analisam-se as formas diferenciadas de vivência da lei por um expressivo conjunto do corpo social brasileiro que experiência uma subjetividade específica. Para tanto, estudam-se os aspectos que demarcam a separação entre a lei formal, de um lado, e os usos e costumes praticados cotidianamente pela maioria das pessoas, de outro. Por fim, examinam-se as razões pelas quais os brasileiros se reconhecem muito mais nas normas informais, estabelecidas pelas experiências grupais e aceitas pela maioria, do que nas leis formais. Essa legislação informalmente estruturada é reveladora da obediência a códigos implícitos, porque não legalizados oficialmente.

Biografia do Autor

Mauro Gaglietti, IMED - Passo Fundo - RS

Possui graduação em Licenciatura Plena em História pela UFSM, Mestrado em Ciência Política pela UFRGS e Doutorado em História pela PUCRS. Tem experiência na área de estudos sobre cultura, subjetividade e violência nas escolas, com ênfase em História Cultural e nas Ciências Humanas, atuando, na condição de pesquisador, nas temáticas acerca da cartografia das subjetividades, violência no ambiente escolar, da memória de intelectuais e de pesquisas relacionadas à atuação de médicos na política, como por exemplo, Dyonélio Machado e Raul Pilla. É Professor e Pesquisador da Faculdade Meridional (IMED), Diretor da Editora IMED e Professor do Instituto Menino Deus, em Passo Fundo (RS).

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2006-04-29