Juventude e restaurantes fast food: a dura face do trabalho flexível

Autores

  • Sílvia Maria Fávero Arend UDESC - Florianópolis - SC
  • Antero Maximiliano Dias dos Reis UDESC - Florianópolis - SC

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1414-49802009000200003

Resumo

Neste estudo analisa-se como se operam as relações de trabalho no mundo juvenil a partir das experiências relatadas por trabalhadores e trabalhadoras da rede de restaurantes fast food McDonald’s na cidade de Florianópolis, no período entre 2000 e 2007. Constatou-se que o sistema de produção e serviço vigente nesse setor é regido por estratégias idealizadas tanto no fordismo quanto no toyotismo. Este sistema fast food procura forjar um determinado tipo de trabalhador, entendido como “multifuncional”, “intercambiável” e “descartável” na medida em que, sob o eufemismo da flexibilização, utiliza-o na quantidade, no lugar e pelo tempo desejado. Para tanto, desenvolve um treinamento específico em que a alta rotatividade destes atendentes não inviabiliza o negócio de restaurantes de comidas rápidas.

Biografia do Autor

Sílvia Maria Fávero Arend, UDESC - Florianópolis - SC

possui graduação em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (1988), mestrado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994) e doutorado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005). Atualmente é professora do Departamento de História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Antero Maximiliano Dias dos Reis, UDESC - Florianópolis - SC

Possui Mestrado em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina com área de concentração em História do Tempo Presente e graduação em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Participa do Laboratório de Relações de Gênero e Família (LABGEF/UDESC), integrando a pesquisa CNPq: EDITAL MCT/CNPq/MS-SCTIE-DECIT/CT-Saúde nº 022/2007. Tem experiência na área de História com ênfase em História da Juventude, pesquisando os seguintes temas: trabalho, família, grupos urbanos, relações de gênero, experiência urbana e migrações internas.

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Publicado

2009-01-01