Da centralidade política à centralidade do corpo transumano: movimentos da terceira virada distópica na literatura

Autores

  • Eduardo Marks de Marques Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2014v19n1p10

Resumo

Muito se discute o caráter político dos romances distópicos da chamada segunda virada (do fim do século XIX a meados da década de 1950), vistos especialmente como críticas contundentes a regimes políticos totalitários. No entanto, uma nova vertente de romances distópicos, nos últimos 30 anos, tem discutido o impacto do desejo criado pelo capitalismo tardio na transfiguração do corpo, o que tem sido central para a construção de ideias pós-humanas e transumanas. O presente artigo almeja discutir as mudanças encontradas na literatura distópica de língua inglesa ao longo do século XX para propor uma terceira virada distópica na literatura, a partir dos escritos de Fredric Jameson sobre ficção científica e utopia, nos últimos trinta anos e centrando-se nas diversas configurações do corpo construídas a partir do desejo imposto pelo capitalismo tardio e seu impacto no modo de pensamento pós-humanista e transumanista. Para tanto, exemplos de vários romances pertencentes a tal tendência são brevemente discutidos a fim de criar um panorama teórico-crítico que embase tal proposta.

Biografia do Autor

Eduardo Marks de Marques, Universidade Federal de Pelotas

Professor Adjunto de Literaturas de Língua Inglesa no Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Pós-Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Publicado

2014-04-11

Como Citar

MARQUES, Eduardo Marks de. Da centralidade política à centralidade do corpo transumano: movimentos da terceira virada distópica na literatura. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 10–29, 2014. DOI: 10.5007/2175-7917.2014v19n1p10. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2014v19n1p10. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Pesquisadores docentes