Rastros da história colonial na literatura de Paulina Chiziane
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n1p99Resumo
O artigo discute a maneira como a escritora Paulina Chiziane tece seu testemunho acerca do passado colonial de Moçambique nas páginas do romance O alegre canto da perdiz. Na verdade, a escrita ficcional da autora desestabiliza os discursos em prol da unidade nacional produzidos pela FRELIMO, uma vez que apresenta modos de opressão e de resistência para além daqueles veiculados pela narrativa oficial da Frente de Libertação. Por meio de uma análise centrada em alguns personagens, como Delfina, o artigo propõe uma leitura do romance a partir do corpo como local de trocas e de ambivalências no grande jogo de poder que constituiu a esfera colonial. Assim, o corpo feminino funciona como local de desejo e é o principal produto nas trocas efetuadas no patriarcado, situando-se de forma estratégica na relação entre gênero, poder e maternidade.Downloads
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