Rastros da história colonial na literatura de Paulina Chiziane

Autores

  • Tiago Ribeiro dos Santos Instituto Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n1p99

Resumo

O artigo discute a maneira como a escritora Paulina Chiziane tece seu testemunho acerca do passado colonial de Moçambique nas páginas do romance O alegre canto da perdiz. Na verdade, a escrita ficcional da autora desestabiliza os discursos em prol da unidade nacional produzidos pela FRELIMO, uma vez que apresenta modos de opressão e de resistência para além daqueles veiculados pela narrativa oficial da Frente de Libertação. Por meio de uma análise centrada em alguns personagens, como Delfina, o artigo propõe uma leitura do romance a partir do corpo como local de trocas e de ambivalências no grande jogo de poder que constituiu a esfera colonial. Assim, o corpo feminino funciona como local de desejo e é o principal produto nas trocas efetuadas no patriarcado, situando-se de forma estratégica na relação entre gênero, poder e maternidade.

Biografia do Autor

Tiago Ribeiro dos Santos, Instituto Federal de Santa Catarina

Possui Graduação em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e Bacharelado em Estudos Literários) pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Mestrado em Teoria Literária e Doutorado em Literaturas, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua como professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC - Câmpus Florianópolis) e interessa-se por questões relativas aos Estudos Pós-Coloniais, à História, à Psicanálise e às Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, especialmente a obra da escritora moçambicana Paulina Chiziane.

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Publicado

2018-04-11

Como Citar

SANTOS, Tiago Ribeiro dos. Rastros da história colonial na literatura de Paulina Chiziane. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 99–112, 2018. DOI: 10.5007/2175-7917.2018v23n1p99. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2018v23n1p99. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Pesquisadores docentes