O Golem na era da reprodutibilidade técnica: aparato cinematográfico, homem moderno e representação
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2012v17n1p172Resumo
Aproximando Walter Benjamin ao movimento expressionista em sua forma fílmica e em sua postura subversiva, o presente artigo se propõe a pensar na figura do autômato enquanto alegoria na era da reprodutibilidade técnica. Destarte, partindo do ideal expressionista enquanto técnica e enredo cinematográficos e atravessando as Teses benjaminianas “Sobre o Conceito de História”, bem como as diversas ideias contidas na obra do filósofo alemão acerca da obra de arte no século XX, veremos o Golem, personagem místico da tradição judaica representado pela figura de um ser gigante feito a partir de matéria inanimada, adquirir vida neste texto-tela. Vida esta que vem interromper o curso de uma História que se quis contínua ao relatar apenas a história dos vencedores, isto é, dos detentores de um poder político e/ou social, e ao ignorar a história dos vencidos, isto é, dos subjugados, dos até então obedientes. E tal irrupção não deverá ser somente obra de um ser mítico, mas também obra do homem enquanto proletário no sistema capitalista e da cinematografia enquanto aparato e representação.
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