Figuras do narrador e da morte em “Mandiocal”, de Paulliny Tort
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e94728Palavras-chave:
Erva Brava, Paulliny Tort, Literatura brasileira contempoânea, NarradorResumo
Este artigo propõe uma análise do conto “Mandiocal” escrito pela autora brasiliense Paulliny Tort e publicado no volume de contos intitulado Erva brava em 2021. Nesta investigação, adota-se uma abordagem de leitura próxima ao texto literário (Close Reading), enfocando elementos internos e estruturantes que se mostram relevantes para a compreensão da narrativa. Entre esses elementos, destaca-se a figura do narrador, cuja retórica desafia as fronteiras discursivas entre o foco narrativo e a voz dos personagens. Além disso, aborda-se a temática da morte, que permeia toda a narrativa, assumindo um papel simbólico, especialmente no diálogo com questões relacionadas à desigualdade social. Por meio dessa análise, busca-se também investigar a representação da fissura institucional, tanto nos signos verbais quanto nos signos não-verbais apresentados no conto. A disjunção entre as instâncias de poder denota, como mostraremos, a existência de dois mundos descompassados, em que o mundo institucionalizado é alheio à forma como a população interiorana vive, se organiza, e delibera sobre suas dissidências.
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