Consciências literárias da crise: literatura em tempos de turbulência social
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2017v22n1p99Resumen
Este artigo sugere a noção de “consciências literárias da crise”, isto é, formas de consciências opositoras em tempos de crises do capitalismo que se expressam por meio de obras literárias, marcadas por uma profunda negatividade em relação ao presente. Estas formas de consciência são engajadas na dupla tarefa de descrever os efeitos de barbárie provocados pelas crises e também de narrar as mudanças ocorridas na sociedade e nos modos de vida dos indivíduos. Além disso, seriam carregadas de energia utópica, de tal maneira que a negação do mundo vigente abre espaço para a possibilidade de outro mundo. Com esta noção, pretendo reafirmar, no quadro histórico atual marcado pela crise estrutural, a especificidade, potencialidade e relevância da literatura para a produção de uma crítica radical do presente. Retomo as obras de Franz Kafka, Aldous Huxley e Samuel Beckett, alinhando-as com períodos históricos distintos: A Era da Catástrofe, a Era de Ouro e o Desmoronamento, respectivamente.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
![Licença Creative Commons](https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.