Cinema com Nancy
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2010v15n1p269Resumo
Este trabalho parte do pensamento de Jean-Luc Nancy para armar um contato com o poema “Cinema”, de Guilherme de Almeida (publicado em 1925, no livro Encantamento), e, de maneira mais ampla, com a própria técnica cinematográfica. Tal contato se desdobra ou passa inevitavelmente por dois outros: o cinema com a modernidade, o cinema com a guerra. Nesse sentido, a partir de “Cinema”, a técnica cinematográfica, a modernidade brasileira dos anos 20 e a técnica belicista são vistas em alguns pontos de maior proximidade e mesmo de indissociação, mas também em oportunidades de distanciamento e recusa, em que experiências singulares tornam-se capazes de desfazer o consenso e de desarmar a guerra, de modo que o fechamento dos sentidos e o risco de extermínio se transformem em abertura e risco de vida, isto é, se transformem na vida que é colocada em jogo, sempre e novamente, por amor e combate, exposta em cada singularidade, em sua existência.
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