The non-quixotic prose of Bandeira: fiction or poetry

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2019v19n31p39

Abstract

Bandeira, without writing a single short story, tells countless histories. In a letter to João Cabral, he complains about septenaries laid out by his friend as Christmas celebration in a postcard that seemed Anatole France’s fleas. The fleas came from Les matinées de la Villa Saïd, where a professor Brown, chatting with the Anatole-character himself, remembered Sancho’s “bug beds that were like this Mahometan!” from Avellaneda’s Quixote. On the other hand, Bandeira’s fleas, he expected, “were done like that!” outdatedly, like Anatole himself, or those laid out verses. How Anatole’s own character, Avellaneda and how the flea / bed bug from Bandeira hint a space that arises uncannily compose this essay’s question, carrying on Silvio Elia’s illumination: Bandeira as a distinguished prose writer; given the defamiliarization in his stories and in his poetry. Finally, the uncanny in such non-short stories is read as becoming, though Bandeira weeps in the Itinerário: “But I know I wasn’t born with bossa for prose. Though I tried it many times.”

Author Biography

João Paulo Zarelli Rocha, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina. Bolsista CNPq.

References

TELES, Gilberto Mendonça. A experimentação poética de Bandeira. Travessia, v. 5, n. 13, p. 49, 1986.

SILVEIRA, Juliana Fabrícia da. A presença do elemento medieval na poesia de Manuel Bandeira. In: XI Congresso Internacional da ABRALIC: Tessituras, Interações, Convergências, 13-17 jul. 2008, USP;

TORRES, José William Craveiro. Manuel Bandeira, trovador modernista. In: HERNÁNDEZ, Ascensión Rivas (Ed.). Manuel Bandeira en Pasárgada. Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2015, p. 189-198.

CARVALHOSA, Carlito; LAGE, Lana; LEITE, Sebastião Uchôa; LIMA, Luiz Costa. João Cabral de Melo Neto. 34 Letras, n. 3, p. 18, 1989;

STEEN, Edla van. Viver e escrever. Porto Alegre: L&PM, 1981, p. 24-25.

SOUZA, Helton Gonçalves de. A poesia crítica de João Cabral de Melo Neto. São Paulo: Annablume, 1999.

BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. Poesia completa e prosa: em um volume. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983, p. 34.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 68.

FOUCAULT, Michel. O que é um autor? Estética, literatura e pintura, música e cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

BANDEIRA, Manuel. [Hiato. Carnaval ], Poesia completa e prosa: em um volume. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983.

DOUBROVSKY, Julien Serge. Pourquoi la nouvelle critique : critique et objectivité. Paris: Mercure de France, 1966.

FOUCAULT, Michel. La situation de Cuvier dans l’histoire de la biologie. Revue d’histoire des sciences, v. 23, n. 1, p. 87-88, 1970. [Publicado também no segundo volume de Ditos e escritos]. Trechos traduzidos sem referência a um autor são de minha responsabilidade.

MELO NETO, João Cabral de. Correspondência de Cabral com Bandeira e Drummond. Organização de Flora Süssekind. Rio de Janeiro: Nova Fronteira / Fundação Casa Rui Barbosa, 2001, p. 150.

FRANCE, Anatole. Les matinées de la Villa Saïd. Recueillis par Paul Gsell. Paris: Bernard Grasset, 1921, p. 126.

AVELLANEDA, Alonso Fernández de. Segundo tomo del ingenioso hidalgo Don Quijote de la Mancha: que contiene su tercera salida, y es la quinta parte de sus aventuras. Tarragona: Felipe Roberto, 1614.

CORWIN, Norman. Holes in a Stained Glass Window. Secaucus: Lyle Stuart / Toronto: George J. McLeod, 1978, p. 45-47. Cervantes contra Lope. Direção: Manuel Huerga. Guión: María Jaén. RTVE / Onza Entertainment / Minoría Absoluta, 5 dec. 2016.

BORGES, Jorge Luis. Pierre Menard, autor del Quijote. [Ficciones]. Obras completas 1923-1949. v. 1. Buenos Aires: Emecé, 2004, p. 444-450.

BANDEIRA, Manuel. Literatura hispano-americana. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti Editores, 1949.

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote. Tradução de Ernani Ssó. São Paulo: Schwarz, 2012. [Penguin Companhia: Clássicos / Companhia das Letras. Recurso digital].

BORGES, Jorge Luis. Magias parciais do Quixote. Tradução de Davi Arrigucci Jr. In: Ibidem.

GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirâmide: para uma teoria marxista do jornalismo. Porto Alegre: Tchê, 1987, p. 108.

BANDEIRA, Manuel. Mafuá do malungo. Poesia completa e prosa: em um volume, op. cit., p. 405.

NERY, Sebastião. [Jorge Medauar, baiano, poeta, ...] 976. Folclore político: 1950 histórias. Geração Editorial, 2002, p. 318.

BANDEIRA, Manuel. Arquitetura brasileira. Poesia e prosa. v. II. Rio da Janeiro: José Aguilar, 1958.

CARVALHO, Marco Antonio de. Rubem Braga: um cigano fazendeiro do ar. São Paulo: Globo Livros, 2007, p. 313.

BORIM JR., Dário. O laço e a corda bamba: Um estudo sobre a poética menor e o desacerto ideológico de Manuel Bandeira. Chasqui, v. 19, n. 1, p. 32, maio 1990.

BANDEIRA, Manuel. 97. A João Cabral de Melo Neto. Poesia e prosa, op. cit., p. 1450.

PILATI, Alexandre. Fermento literário e humor dissolvente: a experiência brasileira nos poemas bandeirianos de “Bife à moda da casa”. In: HERNÁNDEZ, Ascensión Rivas (Ed.). Manuel Bandeira en Pasárgada, op. cit., p. 152.

BENJAMIN, Walter. O conceito de crítica de arte no romantismo alemão. Tradução de Marcio Seligmann-Silva. São Paulo: Iluminuras, 1999.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo: Perspectiva, 1999; ou ainda às linhas-caminhos a partir de A fenda aberta de Fitzgerald. Idem, A dobra: Leibniz e o barroco. Tradução de Luiz B. L. Orlandi. Campinas: Papirus, 1991;

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. v. 1. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995; v. 4. Tradução de Suely Rolnik. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997.

CAPELA, Carlos Eduardo Schmidt. Derivas integrais. Literatura: teoría, historia, crítica, v. 16, n. 1, p. 81-105, 2014.

SILVA, Maximiano de Carvalho e (Org.). Homenagem a Manuel Bandeira 1986-1988. Rio de Janeiro: Sociedade Sousa da Silveira / Monteiro Aranha / Presença Edições, 1989 [1936].

FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro; NORMAN, Atelaine. Literatura brasileira e portuguesa. LUFT, Celso Pedro (Org.). Novo manual de português: gramática, ortografia oficial, redação, literatura, textos e testes. São Paulo: Globo, 1991.

PAULA, Aloysio de. A doença de Manuel bandeira. In: SILVA, Maximiano de Carvalho e (Org.). Homenagem a Manuel Bandeira 1986-1988, op. cit., p. 52.

ELIA, Silvio. O prosador Manuel Bandeira. In: SILVA, Maximiano de Carvalho e (Org.). Homenagem a Manuel Bandeira 1986-1988, op. cit., p. 527-534.

BANDEIRA, Manuel. Crônicas da província do Brasil. Poesia e prosa, Rio da Janeiro: José Aguilar, 1958.

RAMA, Ángel. Um processo autonômico: das literaturas nacionais a literatura latino-americana. Tradução de Nestor Deola. Argumento: Revista Mensal de Cultura, v. 1, n. 3, p. 36-49, jan. 1974.

THEOBALD, Pedro. A História da literatura ocidental de OM Carpeaux e a crítica de Wilson Martins. Letrônica, v. 11, n. 3, p. 140-145, 2018.

BANDEIRA, Manuel. A crítica. [Flauta de papel]. Poesia e prosa, op. cit., p. 268.

LEMINSKI, Paulo. Sobre poesia e conto: um depoimento. Escrita: revista mensal de literatura, n. 28, p. 54-58, 1979.

FRANÇA, George Luiz. Anhembitinerários ou algum modernismo passado a limpo. Boletim de Pesquisa NELIC, v. 7, n. 10, p. 54, 2007.

MARTINS, Wilson. Sobre Manuel Bandeira. In: SILVA, Maximiano de Carvalho e (Org.). Homenagem a Manuel Bandeira 1986-1988, op. cit., p. 573.

ANTELO, Raúl. Literatura em revista. Tese (Doutorado) – Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 1981, p. 346-347.

Published

2020-10-06