Ilegitimidades na ficção de Roberto Bolaño: os filhos da outra

Autores

  • Renata Farias de Felippe Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2014v14n21p82

Resumo

Contar as margens/nas margens, uma das reincidências da chamada literatura pós-mo­derna, é também um traço proeminente da ficção do escritor Roberto Bolaño. A sua obra ficcional — cuja irrupção se dá após o denominado “boom” da literatura latino-americana — aponta para um outro entre-lugar, dis­tanciado tanto da tendência fantástica que deu visibilidade à literatura produ­zida na América hispânica, quanto da vertente que, debruçada sobre a própria literatura, questiona os limites da linguagem. Ficção cir­cunscrita sob o signo do exílio e da inadequação, na obra de Bo­laño as personagens estabelecem laços afeti­vos/familiares provisórios, (i)legítimos e é nesse âmbito que irrompem maternidades excêntricas, cujas con­tingências e instabilidades direcionam ao queer. Pensar as representações maternas/maternais como um locus de transitoriedades (i)legitimadas pelo afeto é o objetivo desta exposição.

Biografia do Autor

Renata Farias de Felippe, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutora em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Santa Maria.

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Publicado

2014-01-27