1932: entre a imagem e a virtualidade

Autores

  • Chirsty Beatriz Najarro Guzmán Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2015v15n24p23

Resumo

Entre a realidade e sua representação imagética, intervém a subjetividade de quem capta essa realidade, cujas condições intelectuais, sociais e culturais se articulam para a configuração analógica e dessemelhante do rosto imagético, conforme as considerações de Jacques Rancière sobre a natureza das imagens. Nesse sentido, não só se contesta a existência de um discurso único sobre um evento histórico, mas também a univocidade de tal evento. Levando isso em consideração, o documentário 1932: cicatriz en la memoria (2005), dirigido por Carlos Hernríquez Consalvi, para o Museo de la Palabra y la Imagen (MUPI) de El Salvador, apresenta uma narrativa que compreende o levante popular e etnocídio cultural de 1932, como a semente do Partido Comunista (PC) salvadorenho, ao mesmo tempo em que na entrelinha se tece uma contra-narrativa, cuja linha de pensamento vai no sentido contrário, colocando o indígena como protagonista, contestando o discurso oficial sobre os eventos.

Biografia do Autor

Chirsty Beatriz Najarro Guzmán, Universidade Federal de Santa Catarina

Bacharel em Letras português-espanhol pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2010. Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná (UPFR), apresentado a dissertação intitulada "A morte como forma de exílio na narrativa de Jacinta Escudos". Doutoranda em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Publicado

2015-03-23