Padronização de mapas táteis: um projeto colaborativo para a inclusão escolar e social

Autores

  • Ruth Emilia Nogueira Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Resumo

Os mapas táteis são recursos importantes para a educação e orientação/mobilidade de pessoas com deficiência visual (isto é, com cegueira ou com baixa visão). Por causa de sua importância como meio de informação espacial, é essencial que esses mapas sejam acessíveis aos deficientes visuais e que transmitam informações que possam ser lidas por eles. Apesar de nas últimas décadas ter havido  consideráveis pesquisas na concepção de mapas táteis, ainda não existem padrões de mapas ou convenções cartográficas aceitos mundialmente na Cartografia Tátil, como acontece na cartografia convencional – aquela produzida para pessoas com visão normal. Dessa forma, verifica-se a necessidade de cada país implementar um padrão para a Cartografia Tátil, tomando como base a matéria-prima existente, o grau de desenvolvimento tecnológico, a acessibilidade e o preparo dos deficientes visuais para o uso desses produtos. Diante do exposto, este artigo tem como objetivo mostrar como foi executada uma proposta para a padronização de mapas táteis para o Brasil em um projeto de pesquisa e extensão. É descrita a metodologia adotada na concepção desses mapas, considerando dois processos de produção e reprodução, e são mostrados os padrões propostos pelo projeto desenvolvido Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTATE). Acredita-se que o desafio de propor padrões para mapas táteis foi alcançado para os mapas com finalidade educacional e, portanto, considera-se que esse projeto de fato contribui para a educação de deficientes visuais no Brasil. Ainda há que ressaltar as possibilidades inéditas da acessibilidade dos mapas táteis gerados via Web.

Biografia do Autor

Ruth Emilia Nogueira, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Possui graduação em Engenharia Cartográfica pela Universidade Federal do Paraná (1983), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1991) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2000). Atualmente é professor associado 2 da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Cartografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Cartografia, Cartografia Tátil e Escolar, Sensoriamento Remoto e SIG aplicados aos estudos ambientais.

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Publicado

2007-01-01