Cor, classe, gênero: aprendizado sexual e relações de domínio
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumo
Neste artigo, discuto as experiências de aprendizado de uma sexualidade heterossexual, racializada e classista através da análise de relatos biográficos de um grupo de homens entre 43 e 60 anos, do Rio de Janeiro, que se autodefinem como brancos. Em particular, examino os relatos dos entrevistados sobre aquelas que, durante a entrevista, foram definidas como “relações sexuais de iniciação” com trabalhadoras domésticas e, em menor escala, com prostitutas, tidas durante a adolescência. Trata-se da análise de uma relação de poder descrita por quem a exerceu. A análise das entrevistas evidencia como essas experiências não só contribuíram para a produção da sexualidade dos homens entrevistados, mas também são elemento central na definição do pertencimento de classe e cor.
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