Androginia e Surrealismo a propósito de Frida e Ismael – velhos mitos: eterno feminino

Autores

  • Maria Bernardete Ramos Flores Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

Nas primeiras décadas do século XX, retorna o mito do Andrógino como promessa de felicidade espiritual. Entre os surrealistas, a androginia junto ao culto da mulher funcionou como alteridade, como valorização dos subterrâneos da modernidade. A androginia aparece em vários trabalhos de Frida Kahlo no México e Ismael Nery no Brasil, ambos com aproximação ao Surrealismo. Em Frida, o mito oscila entre espiritual e político, entre transgressão e sujeição, vai do lesbianismo e do desejo de inversão dos tradicionais papéis de gênero à dissolução de sua própria identidade, submetida no amor pelo marido. Ismael, na duplicidade de seus autorretratos e na iconografia dos casais amorosos, expressa a fusão dos sexos como parte do mundo das ideias. “Sexo artístico por excelência”, os mitos aparecem com maior força na arte de Ismael Nery.

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Publicado

2014-09-19

Como Citar

Flores, M. B. R. (2014). Androginia e Surrealismo a propósito de Frida e Ismael – velhos mitos: eterno feminino. Revista Estudos Feministas, 22(3), 815–837. https://doi.org/10.1590/%x

Edição

Seção

Artigos