Gênero e cultura material: a dimensão política dos artefatos cotidianos
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumo
Neste ensaio, tenho como objetivo discutir as implicações políticas da cultura material no que concerne às relações de gênero. Tendo como principal referência o pensamento de Judith Butler, as reflexões apresentadas no texto buscam problematizar como os valores objetificados nos artefatos cotidianos contribuem para a naturalização de diferenças que justificam desigualdades. Implicados na afirmação de binarismos de gênero, os artefatos podem servir como recursos materiais para a constituição de corpos ajustados às noções de “mulherfeminina” e “homem-masculino”. Sendo assim, quero afirmar que o questionamento de visões hegemônicas quanto ao caráter naturalizado das clivagens de gênero, bem como da heterossexualidade como a ordem dominante do desejo, passa também pela reconfiguração das relações que temos com as materialidades que nos rodeiam.
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