Sobre educar médicas e médicos: marcas de gênero em um currículo de Medicina
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumo
Este artigo investiga como normas de gênero marcam o funcionamento do discurso pedagógico da Medicina em um currículo de formação médica. A partir de observações participantes, somadas a uma linha de ação inspirada na analítica do discurso de Michel Foucault, argumenta-se que o currículo da Medicina é constituído por um conjunto de discursos que posicionam corpos generificados, articulados em torno tanto de uma medicalização da moralidade sexual como de uma moralização sexual da Medicina. Ao conectar reprodução, capacidades cognitivas e processos de cuidado em saúde a matrizes generificadas de relações, explora-se como as estratégias discursivas suplementam e transformam o horizonte médico, concebido como homogêneo e estável, em um jogo de significações que indicam que a Medicina, ou pelo menos a educação médica, talvez não seja tão biomédica assim.Downloads
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