Estereótipos de gênero que fomentam a violência simbólica: nudez e cabelos
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumo
O presente artigo tem como propósito analisar as categorias: corpo, nudez e cabeleira, articuladas pela violência simbólica contra as mulheres. Desse modo, busca evidenciar o grau de “naturalidade” dos estereótipos femininos, neste caso, o uso de cabeleira longa como traço de identidade de gênero, cujo uso discreto permite o exercício indiscriminado do poder masculino. Entre outros casos, mostra o uso do hijab muçulmano, pela grande semelhança com o véu das freiras católicas, cuja função é precisamente a negação da cabeleira longa, impedindo o desfrute e a erotização por parte do homem. Isto, em situação contrária à exibição da nudez e da cabeleira da mulher ao espectador masculino, que ocorre especialmente em espaços íntimos, tanto em espaços familiares, como também de encontros sexuais. Para os fins deste artigo, se entende a nudez como uma das expressões da corporeidade, neste caso, feminina, que tem sido o canal de recepção ou objeto para o exercício permanente do poder masculino, ou seja, como uma manifestação inequívoca da ordem social androcêntrica. Aqui as três categorias de análise se entrecruzam com o eixo transversal da violência simbólica, aludindo, em ocasiões, aos referentes históricos, artísticos e semióticosDownloads
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