Vozes que importam: o sótão ecoa pela casa

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DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

Em The Buddha in the Attic, Julie Otsuka explora dois tópicos principais: a prática conhecida como Picture Bride (noivado por foto) e os campos de concentração para nipoamericanos durante a Segunda Guerra. Uma análise do desenvolvimento de ambos os tópicos na narrativa revela paralelos com questões em potencial enfrentadas por mulheres e sujeitos diaspóricos na contemporaneidade, conectando-as com abordagens teóricas sobre esses pontos. É interessante notar que a narrativa é basicamente desenvolvida em primeira pessoa do plural com expansões ocasionais para outros sujeitos como “eu”, “ela”, “ele” e até mesmo “você”. O efeito desse jogo entre singular e plural é uma narrativa que descreve uma experiência coletiva mas evita essencialismos. Mesmo focando em vozes de mulheres, o livro também explora diferentes subjetividades envolvidas na experiência diaspórica. Assim, a narrativa de Otsuka dá voz a sujeitos desempoderados que ficaram trancados no sótão da história por um longo tempo e faz com que essas vozes ecoem pelas casas da contemporaneidade.

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Biografia do Autor

Flávia Rodrigues Monteiro, Universidade Federal de Minas Gerais

Doctoral student in Literatures in English at the Federal University of Minas Gerais (UFMG) in Belo Horizonte, Brazil.

Publicado

2018-11-28

Como Citar

Monteiro, F. R. (2018). Vozes que importam: o sótão ecoa pela casa. Revista Estudos Feministas, 26(3). https://doi.org/10.1590/%x

Edição

Seção

Seção Especial