Vozes que importam: o sótão ecoa pela casa
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumo
Em The Buddha in the Attic, Julie Otsuka explora dois tópicos principais: a prática conhecida como Picture Bride (noivado por foto) e os campos de concentração para nipoamericanos durante a Segunda Guerra. Uma análise do desenvolvimento de ambos os tópicos na narrativa revela paralelos com questões em potencial enfrentadas por mulheres e sujeitos diaspóricos na contemporaneidade, conectando-as com abordagens teóricas sobre esses pontos. É interessante notar que a narrativa é basicamente desenvolvida em primeira pessoa do plural com expansões ocasionais para outros sujeitos como “eu”, “ela”, “ele” e até mesmo “você”. O efeito desse jogo entre singular e plural é uma narrativa que descreve uma experiência coletiva mas evita essencialismos. Mesmo focando em vozes de mulheres, o livro também explora diferentes subjetividades envolvidas na experiência diaspórica. Assim, a narrativa de Otsuka dá voz a sujeitos desempoderados que ficaram trancados no sótão da história por um longo tempo e faz com que essas vozes ecoem pelas casas da contemporaneidade.
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