A legendagem do discurso da sexualidade em The Magdalene Sisters
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n268073Resumen
Neste artigo, propõe-se analisar a tradução do discurso da sexualidade no âmbito da legendagem, mais especificamente, a transcodificação de referências culturais a partir de noções de tradução cultural e feminismo, utilizando como corpus legendas do filme The Magdalene Sisters (2002). Escrito e dirigido por Peter Mullan, The Magdalene Sisters estreou no Brasil em 2004 sob o título Em Nome de Deus. Baseada em fatos reais, a trama narra a história de quatro mulheres encarceradas, por questões religiosas e morais, em uma instituição denominada Magdalen Asylum (Asilo de Madalenas) nos anos 1960, na Irlanda. O objetivo central deste estudo consiste, portanto, em analisar como a mulher é representada por meio da legendagem do discurso religioso e da sexualidade, investigando de que maneira os procedimentos de tradução - adotados no processo de legendagem do idioma inglês para o português brasileiro - refletem a desigualdade de gênero e a misoginia com base teológica que permeiam a narrativa. A análise qualitativa do corpus demonstrou que as variações de sentido decorrentes de variações gramaticais e das intervenções do/a legendador/a promoveram uma aproximação dos contextos culturais de partida e de chegada.
Descargas
Citas
ALLAN, Keith; BURRIDGE, Kate. Forbidden Words: taboo and the censoring of language. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
BRITT, Hannah. “Magdalene Asylum Survivor: the memories still give me nightmares”. Express, 2015. Disponível em https://www.express.co.uk/expressyourself/580326/Magdalene-laundry-Ireland-Dublin. Acesso em 25/07/2018.
BROWN, Hilary; McGARRY, Matt. “Thousands Enslaved by Ireland´s Catholic Church”. abcNews, 2006. Disponível em https://abcnews.go.com/WNT/story?id=129865&page=1. Acesso em 27/09/2018.
CAMERON, Deborah; KULICK, Don. Language and Sexuality. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
CINTAS, Jorge Díaz; REMAEL, Aline. Audiovisual Translation: Subtitling. London and New York: Routledge, 2014.
CROWDUS, Gary. “The Sisters of No Mercy: an interview with Peter Mullan”. Cineaste, v. 28, n. 4, p. 26-33, 2003.
FLOTOW, Luise von. “Feminist Translation: contexts, practices and theories”. TTR: Traduction, terminologie, rédaction, v. 4, 1991.
FLOTOW, Luise von. Translation and Gender. Translating in the Era of Feminism. Manchester: St. Jerome, 1997.
FOUCAULT, Michel. Discipline and Punish: the birth of the prison. New York: Editora Vintage, 1995.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1. A Vontade do Saber. Tradução de Thereza C. Albuquerque e J. A. C. Albuquerque. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1988.
LEPPIHALME, Ritva. “Realia”. In: GAMBIER, Yves; DOORSLAER, Luc (Eds.). Handbook of Translation Studies. v. 2. Amsterdam; Philadelphia: John Benjamins, 2011. p. 126-130.
NEDERGAARD-LARSEN, Birgit. “Culture-bound Problems in Subtitling”. Perspectives: Studies in Translatology, v. 1, n. 2, p. 207-240, 1993.
NEWMARK, Peter. A Textbook of Translation. London: Prentice Hall, 1988.
PEDERSEN, Jan. Subtitling Norms for Television: an exploration focusing on culture references. Amsterdam; Philadelphia: John Benjamins, 2011.
SEX in a Cold Climate. Direção e produção: Steve Humphries. Testimony Films for Channel 4. Great Britain, 1998, 04min15s.
SCHLEIERMACHER, Friedrich. “Sobre os diferentes métodos de traduzir”. Tradução de Celso Braida. Princípios, Natal, v. 14, n. 21, p. 233-265, 2007.
SIMON, Sherry. Gender in Translation: Cultural Identity and the Politics of Transmission. New York: Routledge, 1996.
SMITH, James M. Ireland’s Magdalen Laundries and the Nation’s Architecture of Confinement. Indiana: University of Notre Dame Press, 2014.
THE Magdalene Sisters. Direção: Peter Mullan. Produção: Francis Figson. Dublin: A PFP Film Productions in association with Temple Films. 2002.
VAN DIJK, Teun A. Discurso e Contexto: uma abordagem sociocognitva. Tradução de Rodolfo Ilari. São Paulo: Editora Contexto, 2017.
VINAY, Jean-Paul; DARBELNET, Jean. “A methodology for translation”. In: VENUTI, Lawrence (Ed.). The Translation Studies Reader. London and New York: Routledge, 2004.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Estudos Feministas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Estudos Feministas está bajo licencia de la Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con los debidos créditos de autoría y publicación inicial en este periódico.
La licencia permite:
Compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato) y/o adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material) para cualquier propósito, incluso comercial.
El licenciante no puede revocar estos derechos siempre que se cumplan los términos de la licencia. Los términos son los siguientes:
Atribución - se debe otorgar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer de varias formas sin embargo sin implicar que el licenciador (o el licenciante) haya aprobado dicho uso.
Sin restricciones adicionales - no se puede aplicar términos legales o medidas de naturaleza tecnológica que restrinjan legalmente a otros de hacer algo que la licencia permita.