MÍDIA E EDUCAÇÃO DA MULHER: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA SOBRE MODOS DE ENUNCIAR O FEMININO NA TV
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200015Resumo
Neste trabalho discutem-se os conceitos de poder, subjetivação e (a)normalidade, de Michel Foucault, bem como os conceitos de cultura e diferença propostos por Homi Bhabha, em relação à temática da enunciação do feminino, conforme a psicanalista Maria Rita Kehl. Tal discussão é feita no sentido de expor a fundamentação de uma pesquisa em andamento sobre a subjetividade feminina na mídia televisiva, a qual dá continuidade a investigações anteriores, cujos resultados são também brevemente comentados. O que está em jogo é uma descrição de como se constrói um discurso sobre as mulheres em diferentes produtos televisivos, atentando para os vazios do simbólico em relação ao feminino. Este, conforme Kehl, tanto para os homens como para as mulheres, “constitui a dimensão maldita na nossa cultura”, já que as mulheres estariam historicamente numa posição em que o sujeito é sempre o outro: ou o pai, ou a mãe fálica ou o parceiro.
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