História do trabalho social: nascimento e expansão do setor associativo sanitário e social (França: 1901–2001)

Autores

  • Évelyne Diebolt Historiadora e pesquisadora independente

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X200500020006

Resumo

Sem direitos civis, sem direito a voto, sem a possibilidade de filiar-se a um sindicato e com dificuldades para militar nos partidos políticos, as mulheres encontraram na Lei de 1° de julho de 1901, sobre a liberdade de associação, uma brecha para ingressar com toda a força na cidadania. Desde a promulgação da Lei de 1901, elas criaram numerosas associações sanitárias e sociais, e foram pioneiras na constituição do conceito de serviço social. Elas fizeram tudo o que foi possível para criar novos empregos, o que contribuiu para a participação exclusivamente feminina no setor. Graças à abertura progressiva das profissões, as populações femininas, alvo das atividades dessas associações, conseguiram inserir-se no mundo do trabalho médico-social. Nos anos 1970, o setor sanitário e social expandiu-se como nunca e manteve a estrutura associativa. Nessas associações, são as mulheres que ocupam a maior parte das vagas, mas se trata de empregos pouco qualificados. Conforme o setor vai se institucionalizando, as mulheres vêem seus empregos escapando de suas mãos para passar para as dos homens. Esse setor associativo hoje em dia é amplamente utilizado pelos poderes públicos para pôr em prática políticas sociais, mas também para lutar contra todas as formas de pobreza e atuar diante de situações de urgência.

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Publicado

2005-01-01

Como Citar

Diebolt, Évelyne. (2005). História do trabalho social: nascimento e expansão do setor associativo sanitário e social (França: 1901–2001). Revista Estudos Feministas, 13(2), 305. https://doi.org/10.1590/S0104-026X200500020006

Edição

Seção

Artigos