MULHERES BUDISTAS COMO LÍDERES E PROFESSORAS

Autores

  • Rita M. Gross University of Wisconsin – Eau Claire

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X200500020016

Resumo

No budismo, o papel do professor de dharma (religioso) é a função mais prestigiosa, e o professor de dharma tem mais autoridade do que qualquer outro líder. Apesar de os ensinamentos budistas não conterem nenhuma doutrina que limite essa função ao homem, na prática, em toda a história budista, foram pouquíssimas as mulheres que se tornaram conhecidas como professoras de dharma. Algumas pessoas acham que essas práticas não prejudicam as mulheres, porque estas podem, ainda assim, receber os ensinamentos, fazer as práticas mais avançadas e obter altos níveis de esclarecimento espiritual. Contudo, eu afirmo que o fato de não haver professoras de dharma reconhecidas foi nocivo seja para as mulheres budistas, seja para o próprio budismo. Isso tem a ver com o legado das comunidades de monjas em muitas partes do mundo budista, com os baixos padrões de educação para as mulheres, com o fraco prestígio de que gozam as praticantes mulheres, com a falta de modelos para as mulheres e com a perda da sabedoria feminina na herança do pensamento budista. Até que as professoras de dharma não forem amplamente reconhecidas e honradas, o budismo continuará sendo perseguido por seu passado patriarcal, com o prejuízo de todos.

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Publicado

2005-01-01

Como Citar

Gross, R. M. (2005). MULHERES BUDISTAS COMO LÍDERES E PROFESSORAS. Revista Estudos Feministas, 13(2), 415. https://doi.org/10.1590/S0104-026X200500020016

Edição

Seção

Dossiê