Comercializando fantasias: a representação social da prostituição, dilemas da profissão e a construção da cidadania

Autores

  • Katia Guimarães Programa Nacional de DST e AIDS do Ministério da Saúde
  • Edgar Merchán-Hamann Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X2005000300004

Resumo

O presente artigo discute fatos, percepções e representações sociais do cotidiano das mulheres profissionais do sexo (MPS). Foram avaliados oito projetos de intervenção educativa sobre DST/Aids dirigidos a MPS, em cidades das regiões Sul, Nordeste e Sudeste. Foram realizadas entrevistas em profundidade e grupos focais. Os resultados revelaram que a representação da mulher que vende o corpo vem sendo re-significada para a realização de fantasias eróticas. As perspectivas de maior autonomia da profissão contrastam com a discriminação e a pressão psicológica. Foi mencionada a violência, praticada por clientes e policiais. Foram evidentes a importância do preservativo na negociação dos programas e o não-uso do mesmo em relações com envolvimento afetivo ou devido à concorrência. Conclui-se, sob a ótica da autonomia, que classe social, escolaridade, situação de crise econômica e estigma ocasionam discriminação, violência e risco de contágio de DST e HIV.

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Publicado

2005-01-01

Como Citar

Guimarães, K., & Merchán-Hamann, E. (2005). Comercializando fantasias: a representação social da prostituição, dilemas da profissão e a construção da cidadania. Revista Estudos Feministas, 13(3), 525. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2005000300004

Edição

Seção

Artigos