Artifício e excesso: narrativa de viagem e a visão sobre as mulheres em Portugal e Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2005000300009Palavras-chave:
livros de viagem, gênero, privado-público, educaçãoResumo
Este artigo analisa as imagens de mulheres brasileiras e portuguesas construídas nos relatos de viajantes ingleses que estiveram em Portugal e no Brasil, nos anos finais do século XVIII e nas primeiras décadas do século XIX. Procura-se explorar como um registro moral, que acentuava crescentemente padrões de comportamento burgueses e que orientou o olhar de viajantes sobre o mundo, interferiu nos comentários e imagens que projetaram do universo lusobrasileiro. A conexão entre o mundo europeu ‘civilizado’ e as regiões marginais ao processo de constituição de uma ordem burguesa capitalista realizada pelos viajantes envolveu, em geral, um duplo processo de enfrentamento e negociação entre valores e concepções de mundo de universos culturais distintos. Assim, os relatos dos viajantes mostram esse espaço de constante remanejamento de sentimentos e de percepções sobre si próprios e os nativos.
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