A Epistemologia de Hugh Lacey em diálogo com a Economia Feminista: neutralidade, objetividade e pluralismo
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000200004Resumo
A Economia Feminista é um dos mais recentes programas de pesquisa em ciência econômica. Desde a publicação de Beyond Economic Man, organizado por Marianne Ferber e Julie Nelson,1 ele vem se desenvolvendo com crescente força, sobretudo nos Estados Unidos. Entretanto, a pesquisa feminista, em geral, e a economia feminista, em particular, são freqüentemente consideradas como menos objetivas do que as pesquisas tradicionais, e isso porque estas últimas seriam livres de valores, enquanto as primeiras não. Após traçar algumas definições centrais da Economia Feminista, propomos, a partir do modelo crítico de Hugh Lacey,2 que: i) almejar a objetividade não significa defender uma metodologia isenta de influências valorativas, ii) a neutralidade é (e deve ser) defensável para o conjunto da prática científica e, finalmente, iii) a defesa da pluralidade de abordagens científicas é o meio através do qual a neutralidade da ciência como uma prática social pode ser salvaguardada.
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