Mídia e a figura do anormal na mira do sinóptico: a constituição discursiva de subjetividades femininas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000300006Resumo
Neste artigo, a partir de estudos foucaultianos, discutem-se as noções de masturbação, anomalia e práticas de confissão, associadas a investigações voltadas para as subjetividades femininas veiculadas pela mídia, cujas imagens apresentam modelos para a construção de novos sujeitos. Utilizam-se também como dispositivos analíticos os estudos de Zygmunt Bauman, apoiados em Thomas Mathiesen, acerca do sinóptico como novo mecanismo de poder em funcionamento na mídia, e alguns assinalados por Rosa Maria Bueno Fischer. O que se pretende é discutir a materialidade lingüístico-discursiva do depoimento-confissão de uma mulher negra, pobre e idosa, selecionado da novela Páginas da vida, exibida pela TV Globo, em 2006, a fim de se apreenderem os efeitos de sentido que poderiam construir um dos primeiros sinais de sua “anormalidade”. Tal discussão aponta para a reinvenção de uma outra figura do “anormal”, com implicações éticas, uma vez que a mulher subverte práticas discursivas advindas de certos saberes e poderes.
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