No labirinto, espadas e novelo de linha: Beauvoir e Haraway, alteridades, e alteridade, na teoria social
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000300008Resumo
Este artigo contém uma leitura em contraponto: a noção de situação em Simone de Beauvoir e a de intersecções em Donna Haraway expressariam supostos relacionais; mulher estaria para Beauvoir como ciborgue está para Haraway; Beauvoir distingue a situação das mulheres, dos judeus e dos negros, considerando a relação entre situações e consciências históricas e/ou biológicas. A biologia aparece em situação como construção mítica de uma identidade a ser ultrapassada para a constituição do sujeito; em Haraway, o ciborgue seria uma narrativa sobre como o biológico e a realidade social de raça e gênero situam-se em uma rede de interações, informação e semiologia. Relação e constituição do “objeto”, temas caros à teoria social, seriam instituídos em (e pela) alteridade sem a dicotomia dura entre realidade e ficção, natureza e cultura, literatura e ciência.
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